O deputado estadual Junior Mochi emitiu, nesta segunda-feira, 15, nota sobre a crise interna no PMDB de Mato Grosso do Sul. O racha dentro do partido vem desde as eleições passadas, quando foi derrotado na disputa pelo governo estadual e se acentuou na semana passada, em decorrência do debate entre o ex-governador André Puccinelli e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e seus irmãos Fábio e Marcos Trad.
De acordo com o presidente estadual do PMDB, todas essas discussões sobre o partido deveriam acontecer em reuniões do PMDB, realizadas mensalmente, e não através dos meios de comunicação. O deputado estadual informa ainda que, até o momento, não se tratou da eventual insatisfação dos irmãos Trad com o partido e vice-versa.
“É de se estranhar que essa discussão toda, só aconteça agora, quando o PMDB não está no comando do Governo Estadual e da Prefeitura de Campo Grande, e se aproxima o término do prazo para filiação partidária, aos que pretendem concorrer às eleições municipais do ano que vem”, declarou, através de nota à imprensa.
O parlamentar lembra ainda que o PMDB “não é de propriedade de quem quer que seja, e não existe apenas para o exercício de mandado eletivo. Já perdemos e já ganhamos muitas eleições e, aqueles que, verdadeiramente, entendem a função que tem um partido de representar o pensamento de parte de uma sociedade múltipla e democrática como a nossa, atuam internamente o seu fortalecimento e engajados nas suas propostas”, destacou.
Conforme o presidente do partido, não da parte do ex-governador André Puccinelli, “nem de nenhuma outra liderança expressiva do partido”, o movimento para tentar responsabilizar Nelsinho Trad pela derrota nas eleições de 2014.
Da mesma forma, Junior Mocchi, afirmou que a permanência, ou não, dos membros da família Trad no partido é uma decisão de cunho pessoal e depende, exclusivamente, deles. “Não podemos e não vamos admitir que seja imputado ao PMDB a falta de apoio no processo eleitoral, como justificativa à derrota nas eleições passadas. É inadmissível a tentativa de se criar um fato que sirva para justificar uma eventual mudança de partido. Caso seja esse o interesse, basta solicitar o desligamento nos termos da legislação”.