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Simone Tebet trabalha para ser candidata ao Senado

?Eles [diretoria do PMDB] já me liberaram para concorrer a uma vaga ao Senado?, disse a vice-governadora

Ela já foi deputado estadual, ex-prefeita de Três Lagoas e, atualmente é a vice-governadora de Mato Grosso do Sul. No momento, o seu nome é cotado para concorrer uma vaga no Senado Federal nas eleições do ano que vem. Estamos falando de Simone Tebet, que poderá realizar o sonho de ser senadora e, seguir o mesmo trajeto do pai, o saudoso senador Ramez Tebet.

Na entrevista especial da semana, o Jornal do Povo conversou com a vice-governadora de Mato Grosso do Sul sobre o processo político para a sucessão do governador André Puccinelli. Simone, inclusive esteve reunida ontem com representantes do PMDB conversando com os peemedebistas, na tentativa de viabilizar o seu nome como candidata ao Senado.

Jornal do Povo – O governador André Puccinelli já declarou que o PMDB não abrirá a vaga de senador nas eleições do ano que vem, para os aliado, e que , apesar de ser uma decisão do partido, ele apoia o seu nome para concorrer esse cargo. Como análise essa declaração do governador?


Simone – Agora, já tenho o aval do meu padrinho político, que é o governador André Puccinelli. Já tenho também o aval da executiva do PMDB e,a partir do final desse mês,vou conversar com as executivas municipais, porque o voto do governador é apenas um, já que ele não fala pelo partido, embora eu sempre diga que a mão e o pé dele não são tão delicados quanto os nossos. Brinco que, ele tem uma pata de elefante tamanho o peso político que o governar tem. Ele carrega muitos votos e companheiros que confiam nele. Com isso, quero dizer que é meio caminho andado, agora só depende de mim, de andarmos e pedirmos consenso no partido para que eu possa, já na convenção do ano que vem, ter o meu nome indicado pelo PMDB como a pré-candidata ao Senado em 2014.
JP- A senhora acredita na possibilidade de mudança em relação ao nome do Nelsinho que foi indicado para concorrer o governo do Estado em 2014?


Simone – Só se ele [Nelsinho] não quiser. O partido já definiu que ele é o candidato. Eu não conheço ninguém mais que queira ser candidato dentro do PMDB ao governo do Estado. Eles já me liberaram para sair candidata ao Senado. Então, só se o Nelsinho não quiser. O senador Moka não quer, porque ainda tem cinco anos no Senado. Eu não vejo ninguém mais dentro do partido com musculatura suficiente e com desempenho eleitoral forte para concorrer uma majoritária de executiva, ou seja, para sair candidato a governador nesse momento.


JP – A senhora não acredita então, na possibilidade de mudança e seu nome serindicado como candidata ao governo?


Simone – Não é que não pode, mas já vencemos essa etapa. O ex-prefeito de Campo Grande tem uma musculatura muito forte. Ele tem muito mais votos do que eu na capital, que tem um terço do eleitorado do Estado. Em política, tudo é possível, nada é impossível de acontecer. Mas, eu não vou pleitear a vaga de governo e o Nelsinho não vai desistir de sair candidato. Então, a princípio não adianta conjecturar. Se isso acontecer, vamos deixar para pensar lá na frente.


JP – A senhora acredita que é possível o Nelsinho disputar de igual para igual com o candidato do PT, o senador Delcídio do Amaral, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas para a disputa do governo do Estado nas eleições do ano que vem?


Simone – Olha, depois das manifestações que ocorreram nas ruas, tudo é possível, até uma terceira via surgir. Na qualitativa, podemos até dizer que tem candidato preferencial, um ou outro que se destaca, mas na quantitativa não sei, acho que a população está buscando alguma coisa diferente, então acredito que os dois vão disputar de igual para igual qualitativamente falando.


JP – O governador não descarta a possibilidade de uma aliança com o PT, a senhora também acha que isso é possível acontecer em Mato Grosso do Sul ou está descartada essa possibilidade?


Simone – Nada é impossível na política, porém, hoje, o PMDB e o PT tem candidatura própria ao governo. Caso contrário, um teria que abrir mão.


JP – O PT estaria oferecendo a vaga ao Senado para atrair os aliados. O PMDB, por sua vez, pretende lançar candidato ao governo e ao Senado, como fazer para atrair os aliados?


Simone – Nós temos uma chapa muito forte e boa na proporcional, então muitos partidos que não vão lançar candidato próprio, vão pensar em eleger deputados federais eestaduais. Por isso, vão pensar mais nessa coligação proporcional. Outros vão pleitear a vaga de vice, a primeira e segunda suplência, ou até mesmo um espaço na administração. Cada partido tem uma realidade.


JP – Como atrair o PSDB, por exemplo?
Simone- Nesse momento, acho que o PSDB tem sua candidatura própria. Não podemos esquecer também que, o PSDB vai lançar candidato à presidência da República, contra o PT. Então, está muito mais fácil o PSDB compor, nesse primeiro momento conosco, do que com o PT, mas isso é uma mera conjectura minha. De repente, pode querer a vaga de vice, ou um compromisso para 2016 na disputa pelas prefeituras, não sei. Enfim, tem muita água para rolar nessa ponte.


JP – E para o Senado, a senhora está confiante, acha que não tem outro candidato a altura?
Simone- Estou trabalhando dentro do PMDB, fora deve ter muitos candidatos melhores eleitoralmente, conforme as pesquisas, do que eu. Eu cuido do meu trabalho, não fico olhando o retrovisor e nem estou olhando para o lado. Eu pretendo sair candidata para um partido forte e que tem um trabalho fenomenal de obras e ações realizadas na maioria das cidades de Mato Grosso do Sul. Eu vou trabalhar por isso, não significa que teremos adversários fracos, podemos ter adversários muito mais forte também, mas, hoje estou pleiteando para sair candidato ao Senado.
JP-E o governador André Puccinelli não irá disputar o Senado?


Simone – Não, o governador André vai para casa descansar um pouquinho. Quem sabe ele saia candidato em 2016 na disputa pela Prefeitura de Campo Grande?