
Capitão Contar foi anunciado como pré-candidato ao Senado pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Isso ocorreu nesta quarta-feira (12). É uma movimentação que reposiciona o tabuleiro eleitoral de 2026 em Mato Grosso do Sul.
Com o aval público da direção nacional, o ex-deputado estadual volta ao partido já com missão definida. Ele vai disputar a vaga sul-mato-grossense no Senado pelo PL.
Na mesma equação política está o ex-governador Reinaldo Azambuja, que assumiu neste ano a presidência do diretório estadual do PL justamente com a pretensão de se lançar candidato ao Senado no próximo pleito.
Ele deixou o comando do PSDB, sigla à qual esteve vinculado por décadas, para ingressar no PL há cerca de oito semanas. Dessa forma, o anúncio em torno de Capitão Contar é imediatamente lido como um teste de força interna. Isso ocorre entre o projeto estadual comandado por Azambuja e a estratégia nacional da legenda.
Com o gesto da cúpula do partido, é colocado em dúvida o desenho inicialmente imaginado por Azambuja para 2026. A presidência estadual do PL em Mato Grosso do Sul foi assumida por ele com capital político próprio.
Havia expectativa de protagonismo na disputa pelo Senado. Agora, porém, a chancela explícita de Valdemar da Costa Neto a Contar cria um cenário de indefinição dentro da sigla. Isso inclui até mesmo a formação das chapas majoritárias e as alianças que poderão ser costuradas até o ano eleitoral.
Em publicação nas redes sociais, Valdemar da Costa Neto enfatizou o desempenho de Capitão Contar nas urnas como argumento central para o retorno. O ex-deputado foi o mais votado da história de Mato Grosso do Sul para a Assembleia Legislativa. Além disso, em 2022, chegou ao segundo turno na disputa pelo governo. Na ocasião, foi derrotado por Eduardo Riedel.
“Ele aceitou o convite que fiz para disputar o Senado pelo PL, com o apoio do nosso presidente Jair Bolsonaro. A volta dele à família PL reforça o nosso time e mostra ainda mais a força do projeto que queremos para o futuro do povo sul-mato-grossense e do Brasil”, escreveu o dirigente.
Disputa Interna no PL
Ao mesmo tempo, a narrativa de que o retorno “consolida um projeto nacional” sinaliza que a candidatura de Capitão Contar não está restrita à disputa regional. Ela se encaixa em uma estratégia mais ampla de fortalecimento da bancada do PL no Senado.
Nesse contexto, a sigla passa a conviver com dois nomes de peso interessados na mesma vaga. Isso tende a intensificar negociações internas, rearranjos locais e eventuais composições.
Até que o partido bata o martelo, há uma disputa de espaço entre Capitão Contar e Reinaldo Azambuja dentro da própria legenda. Assim, a corrida pelo Senado em Mato Grosso do Sul fica, desde já, marcada por essa conflitante dinâmica interna.
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