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NARCOTERRORISMO

Destino de paranaibenses, Paraguai endurece fiscalização de brasileiros na fronteira após declarar PCC e CV terroristas

Viagens comerciais e acadêmicas de Paranaíba ao país vizinho passam a ser monitoradas com alerta máximo, em prevenção de fuga de criminosos brasileiros pela fronteira com Mato Grosso do Sul

Militares paraguaios já abordam brasileiros na fronteira entre os paises - Foto/Internet
Militares paraguaios já abordam brasileiros na fronteira entre os paises - Foto/Internet

Destino frequente de comerciantes e estudantes de Paranaíba, o Paraguai anunciou na quinta-feira (30) que vai declarar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas por meio de decreto governamental. A medida foi confirmada pelo ministro do Comando de Defesa Nacional, Cíbar Benítez, após a megaoperação realizada no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 mortos.

Segundo Benítez, o governo paraguaio considera que há “elementos suficientes” para enquadrar as duas facções como grupos terroristas. O anúncio inclui a ativação de alerta máximo em toda a fronteira com o Brasil, especialmente na região leste do país.

O ministro informou que haverá reforço no efetivo policial e militar, além da ampliação de equipamentos e operações de inteligência para impedir a entrada de integrantes das facções no território paraguaio.

A decisão tem impacto direto sobre alguns comerciantes e algumas famílias de Paranaíba, que mantêm intensa circulação na fronteira. Trabalhadores autônomos costumam viajar periodicamente ao Paraguai em busca de mercadorias, enquanto famílias de estudantes — a maioria cursando Medicina — se deslocam com frequência para o país vizinho.

Com o aumento da vigilância, a expectativa é de maior fiscalização nos pontos de travessia, o que pode afetar o fluxo comercial e estudantil da região.

A medida paraguaia segue a mesma linha da Argentina, que já havia incluído o PCC e o Comando Vermelho em seu registro interno de organizações terroristas. Autoridades argentinas confirmaram a presença de brasileiros ligados às facções no sistema prisional do país. Os dois governos reforçaram orientações de segurança e monitoramento nas áreas de fronteira.