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Tabagismo é considerado problema de saúde pública

O tema deste ano do Dia Nacional de Combate ao Fumo - 29 de agosto é ?Quem não fuma não é obrigado a fumar?

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O tema deste ano do Dia Nacional de Combate ao Fumo – 29 de agosto é “Quem não fuma não é obrigado a fumar”. A campanha tem como foco a necessidade de adoção de ambientes 100% livres da fumaça do tabaco para que seja possível proteger os não-fumantes dos malefícios desse tipo de poluição.

O tabaco é uma planta solanácea (família de plantas arbustivas ou herbáceas) cujas folhas, a princípio, eram utilizadas como remédio, sob o nome de erva-santa. Depois de anos descobriu-se que também servia para fumar, cheirar ou mastigar.

No princípio, o hábito de fumar no mundo era um comportamento predominantemente dos homens. Entre mulheres, o tabagismo era pouco comum até a década de 1930. O início da expansão do hábito de fumar no sexo feminino coincide com o início de uma publicidade voltada especificamente para este grupo populacional.

Atualmente, o tabagismo é considerado problema de saúde pública no mundo. O tabaco, em todas as suas formas, aumenta o risco de mortes prematuras e limitações físicas por doença coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, fígado, pâncreas, bexiga, rim e colo de útero). Ele é causador de uma em cada oito mortes, além disso, estudos mostram que um em cada três adolescentes fumantes morrerá prematuramente devido ao tabagismo.

Em todas as idades, o custo médio com cuidados à saúde de fumantes supera o de não-fumantes. Outro fator a ser analisado deve incluir também os efeitos do tabagismo passivo. A exposição involuntária à fumaça ambiental do cigarro aumenta o risco de câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica e insuficiência coronariana. Em crianças, aumenta o risco de sintomas respiratórios, episódios de asma, de doença respiratória aguda, síndrome da morte súbita na infância e infecções de ouvido médio.

Mato Grosso do Sul

A gerente do Programa de Prevenção ao Tabagismo da Secretaria de Estado de Saúde, Albertina Martins, destaca que para trabalhar a prevenção é necessário antes desenvolver ações para conscientizar a população. Com esse intuito, o governo estadual desenvolve quatro subprogramas: o “Saber Saúde”, o “Estilo de vida saudável”, a “Capacitação para tratamento de fumantes” e o “Ambiente Livre de Tabaco”.

O “Saber Saúde” – Programa de Controle de Tabagismo – trabalha a prevenção nas escolas, tanto da rede pública quanto privada, e o fórum “Estilo de vida saudável” é realizado anualmente, em parceria com universidades, organizações não-governamentais e comunidade, para a discussão de projetos que promovam a qualidade de vida nos municípios.

O terceiro é o programa de abordagem e tratamento do fumante, realizado por meio de capacitações nos municípios onde existem unidades de referência credenciadas para oferecer serviços de atendimento aos fumantes e o “Ambiente Livre de Tabaco” é direcionado a empresas e promove ações que garantam qualidade de vida entre os trabalhadores. A equipe do programa é composta por psicólogo, médico, enfermeira e assistente farmacêutico.

Desde 2007, até o momento, mais de seis mil pessoas já foram beneficiadas com os programas estaduais e pararam de fumar. A oferta dos programas de prevenção já atende 56 municípios. A partir de 10 de setembro 100% do Estado oferecerá os programas.

Todos os tratamentos, inclusive com a doação dos medicamentos, são efetuados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecidos gratuitamente. Dúvidas e informações mais específicas dos programas estaduais podem ser tiradas pelo telefone (67) 3318-1764.