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Trabalhadores do Consórcio UFN3 reivindicam reajuste

Sindicato realizou assembleia para discutir campanha salarial dos trabalhadores da UFN3

Centenas de trabalhadores se reuniram ontem na frente do canteiro de obras da fábrica de fertilizantes -
Centenas de trabalhadores se reuniram ontem na frente do canteiro de obras da fábrica de fertilizantes -

Na manhã de ontem, foi realizada uma assembleia para discutir a campanha salarial dos trabalhadores do Consórcio UFN 3, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras no município. A assembleia, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Mobiliário (Sintricom), contou com a participação de aproximadamente sete mil operários. 

Na pauta de reivindicação estão: reajuste de salário, aumento do percentual de horas extras e do valor do vale alimentação, adicional de periculosidade, plano de saúde extensivo à família, folga de campo para todos os trabalhadores que residem em outras cidades, reembolso de passagens e despesas de viagens, jornada de 40 horas semanais eaumento no valor do PRL.
 
Durante a assembleia, os trabalhadores decidiram que querem um reajuste de 15% em todos os salários. O aumento, segundo o sindicato, visa recompor o valor corroído pela inflação e também equiparar os salários pagos pelas empresas que atuam na UFN 3, com o que elas pagam nas obras em outros estados.
 
Outra reivindicação da categoria é a mudança na folga de campo. Eles querem que todos os trabalhadores que comprovarem residir em outra localidade, não penas os alojados, tem direito a folga de campo, da seguinte maneira: Quem mora até 300 km da obra teria três dias úteis de folga. Para os que moram entre 301 a 500 km, quatro dias úteis de folga, e os que moram mais de 501 km, cinco dias úteis de folga.
 
 Já para os que moram mais de mil quilômetros teriam cinco dias e as passagens aéreas, fornecidas pela empresa. Eles querem ainda que a empresa adiante os valores de passagens e uma ajuda de custo para despesas no valor de R$ 150 para os que moram até 500 quilômetros e R$ 300 para os que moram em distância maior que essa.
 
De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Construção e de Madeira, Cláudio Silva Gomes, os trabalhadores reivindicam também aumento para R$ 500 no vale alimentação. Além disso, pleiteiam ainda aumento dos percentuais da hora extra, de 50% para 80% de segunda a sexta-feira e 100% sobre as horas trabalhadas aos sábados, domingos e feriados. A proposta prevê ainda 50% de adicional noturno sobre o valor das horas trabalhadas no período noturno. 
 
Após a assembleia de ontem, os trabalhadores retornaram normalmente para o canteiro de obras. Segundo Gomes, dentro de três dias será fechada toda a proposta da categoria e depois iniciado o período de negociação com o Consórcio responsável pela construção da obra. A intenção, de acordo com ele, é que a empresa possa acatar as reivindicações dos trabalhadores, para evitar uma possível paralisação no canteiro de obras. “Todas as reivindicações visam atender as necessidades dos trabalhadores”, ressaltou.