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Em Três Lagoas, 84 pacientes tratam Doença Renal Crônica, nona mais mortal no mundo

1,48 milhão de pessoas já morreram em decorrência da DRC e 14% da população mundial pode ser portadora da doença

 Hemodiálise é início de tratamento para recuperar qualidade de vida
Hemodiálise é início de tratamento para recuperar qualidade de vida

Um estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, por meio de seu sistema integrado de Saúde, o Lagone Health, apontou que a Doença Crônica Renal (DRC) está na nona posição entre as dez doenças que mais matam em todo o mundo.

O estudo mostra dados de 2023 em que mais de 1,48 milhão de pessoas perderam a vida por conta da doença, e ainda impressiona quando destaca que 14% da população mundial pode ser portadora da doença e nem se dar conta disso.
O médico nefrologista do Centro de Hemodiálise do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Renato Pontelli, comentou o resultado do estudo, e da importância do debate ao redor da DRC. “É uma doença silenciosa que deteriora as condições de funcionamento dos rins. É importante este debate, pois a maioria das pessoas não sabe que tem a doença, e quando é necessário o acompanhamento, o tratamento, muitos acabam precisando realizar a hemodiálise”, destacou.

Uma das principais causas do agravamento da DCR, segundo o especialista, é o diabetes. Porém, Pontelli apresenta um alerta positivo quando o assunto se trata de possíveis tratamentos, como o uso dos medicamentos análogos do GLP-1, ou como são popularmente conhecidas, as canetas emagrecedoras.

“Essas drogas vieram para ficar e são ótimas. Há estudos que relatam que o uso destes medicamentos reduziu significativamente a entrada de pacientes na hemodiálise”, disse o médico.

Paciente do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Maria Emilia Gomes de Souza, de 60 anos, frequenta o Centro de Hemodiálise três vezes por semana e passa cerca de quatro horas em uma máquina que filtra todo o sangue do seu corpo.

Ela comenta sobre o susto que teve ao descobrir a doença, e relata que, não fossem as sessões com a terapia de hemodiálise, não estaria viva para contar sua história.
“Passei muito mal. De repente estava péssima, e quando fui diagnosticada, comecei o tratamento imediatamente. Tive uma ótima evolução”, diz ela que está há quase doze anos passando pelo procedimento.

Segundo dados da unidade hospitalar, são atendidos no Centro de Hemodiálise 105 pacientes de várias cidades da Costa Leste, como Brasilândia, Água Clara, Selivira e Três Lagoas . Somente da cidade, são 84 pacientes atendidos e cinco transplantes de rins realizados em 2025.