O fornecimento de medicamentos antidepressivos oferecidos pela Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) de Três Lagoas fechou o trimestre com aumento de 11,9% para as 18 unidades de saúde municipais. O cálculo foi feito com base nos três últimos meses do ano passado, data em que a distribuição dos medicamentos passou a ser digitalizada. De setembro a dezembro de 2010, o CAF distribuiu 92 mil comprimidos, como a Fluoxetina e a Amitriptilina. Nos três primeiros meses deste ano foram distribuídos 103 mil unidades das drogas. Até o dia 1º de junho, contudo, o número saltou para 155 mil.
De acordo com a farmacêutica da CAF, Andria da Silva Nakamura, essa distribuição atende apenas os adultos. Ela destacou que o aumento gera preocupação nos profissionais da saúde, pois nota-se que as pessoas têm a necessidade de resolver seus problemas rotineiros de forma imediata. “Elas devem ter em mente que essas drogas causam dependência e efeitos colaterais graves, dependendo da quantidade ingerida pelo paciente. É importante que elas utilizem o medicamento apenas em casos extremos”, disse.
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Andria Nakamura destacou o perigo da automedicação. Ela recomendou a necessidade de ter prescrição médica para adquirir os comprimidos. “Na rede municipal de saúde é impossível adquirir o medicamento sem prescrição médica, mas sabemos que em algumas farmácias, muitas pessoas conseguem o remédio facilmente. O paciente deve ter consciência e só utilizar o medicamento caso realmente precise”, ressaltou.
Um fator que chamou a atenção da farmacêutica Andria Nakamura é que o número de comprimidos antidepressivos fornecidos quase se equipara aos medicamentos oferecidos para os hipertensos. “De janeiro ao dia 1º de junho fornecemos 180 mil comprimidos de um dos medicamentos oferecidos aos hipertensos, o Losartana Potássico. Os antidepressivos já estão em segundo lugar na lista dos mais procurados, já que até 1º de junho já fornecemos 155 mil”, disse.
