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Três Lagoas

CCZ vai capturar carrapatos em capivaras na Lagoa Maior

Permanência dos roedores na Lagoa foi tema de reunião realizada ontem

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Na próxima semana, o Centro de Controle de Zoonoses, em parceria com os demais órgãos ligados ao meio ambiente e à saúde, vai realizar a captura de carrapatos em capivaras na Lagoa Maior de Três Lagoas com o objetivo de realizar exames e constatar se esses parasitas, que se hospedam em capivaras, cavalos e cachorros, estão infectados, ou não, com a bactéria a Rickettsiarickettsii, causadora da febre maculosa.

De acordo com o coordenador do CCZ, Antônio Luiz Teixeira Empke, caso algum ‘carrapato-estrela’ seja positivo, o próximo procedimento será a captura das capivaras para a realização do exame de sorologia, a fim de verificar se o animal também está infectado. “Caso dê positivo, me parece que elas têm que ser sacrificadas, já as que os exames derem negativos, têm que ser soltas em uma reserva, provavelmente para o Parque do Pombo”, adiantou Empke.
Entretanto, o coordenador do CCZ enfatizou que, não existe nenhum caso e nenhum sinal de que as capivaras da Lagoa Maior estejam infectadas. “Quero deixar claro que, estamos fazendo um trabalho de prevenção e não alarmante. Temos que esclarecer que a febre maculosa é uma zoonose de alta periculosidade. É uma doença de letalidade altíssima, infelizmente, mas nós vamos trabalhar para evitar esse problema. Portanto, a população não precisa se assustar e ficar preocupada. Nós vamos trabalhar na questão preventiva”, ressaltou.
Na manhã de ontem, foi realizada uma reunião na sede da Promotoria do Meio Ambiente para discutir as ações que serão tomadas em relação às capivaras da Lagoa Maior. A reunião contou com a presença de funcionários do CCZ, das secretarias de Meio Ambiente e Saúde e do promotor de Justiça do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira. “Pretendemos saber se as capivaras da Lagoa Maior estão infectadas. Temos uma superpopulação desse animal na lagoa e muitos frequentadores no local, então, é preciso tomar todas as cutelas em relação à saúde pública”, ressaltou o promotor. 
Para o coordenador do CCZ, de imediato, ele é favorável à diminuição da superpopulação de capivaras na Lagoa Maior. Mas, futuramente, ele entende que esses animais devem ser retirados da lagoa. “A capivara é um animal silvestre e a Lagoa Maior que está no perímetro urbano da cidade não é local para adequado  para as capivaras”, declarou Empke. A mesma opinião é dividida pelo promotor de Meio Ambiente: “As pessoas não podem confundir o bonito com o perigoso”, acrescentou o promotor.