
O Consórcio UFN 3, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec, responsável pela construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras, ainda não pagou os fornecedores locais e nem mesmo os trabalhadores que foram demitidos nos últimos meses. A dívida do Consórcio com os fornecedores locais ultrapassam R$ 11 milhões e com os trabalhadores o valor é bem superior a essa quantia.
A dívida com os trabalhadores demitidos não foi revelada, já que cada trabalhar tem um valor para receber. Entretanto, segundo o presidente do Sintiespav, Nivaldo Moreira, em média cada trabalhador tem direito de receber de R$ 10 mil a R$ 12 mil de rescisão, conforme cálculos feitos pelo sindicato.
O Consórcio alega que tem apenas R$ 4,9 milhões para quitar as dívidas com os trabalhadores. Por esse motivo, pagou apenas R$ 1,3 mil de adiantamento da rescisão para 967 trabalhadores. O valor, no entanto, não tem sido suficiente nem mesmo para os trabalhadores comprarem as passagens para retornar aos seus estados. Em razão disso, muitos disseram que vão continuar em Três Lagoas até receber o valor total da rescisão. Outros pegaram dinheiro emprestado para inteirar a compra da passagem, alegando que nunca mais querem vir trabalhar em Três Lagoas.
De acordo com o presidente do Sindicato, enquanto os trabalhadores estiveram em Três Lagoas, eles vão continuar no alojamento e recebendo alimentação. Nem mesmo os funcionários que estão na ativa receberam todo o salário. Foi pago a esses trabalhadores apenas R$ 1 mil, o que deixou a maioria descontente.
AÇÃO
&saibaPara poder garantir o pagamento desses trabalhadores, o sindicato ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho solicitando o bloqueio de R$ 80 milhões do Consórcio e da Petrobras. Segundo Nivaldo, esse valor seria o suficiente para pagar todas as rescisões, despesas de viagens, entre outros benefícios que eles têm direito. Além disso, também será possível pagar os trabalhadores que não foram demitidos.
Esse valor, no entanto, será apenas para quitar as dívidas trabalhistas e não incluiu o pagamento aos fornecedores, cuja dívida soma mais de R$ 11 milhões. Até o momento, não foi divulgada nenhuma previsão de quando o Consórcio vai pagar esses empresários de Três Lagoas.