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Três Lagoas

Cresce número de casos de HIV e tuberculose nos presídios de Três Lagoas

De 2012 para 2013 houve aumento de 42,3% nos casos de HIV e 45,8% nos casos de tuberculose

A Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen/MS) registrou o aumento de algumas doenças nas unidades penais de Três Lagoas. Conforme relatórios da unidade de saúde dos presídios, em 2012 foram registrados 34 casos de HIV nas unidades prisionais masculinas e femininas de Três Lagoas, enquanto que, no ano passado, foram 59 notificações, aumento de 42,3%. Enquanto que os casos de tuberculose saltaram de 39 para 72 de um ano para o outro, o equivalente a 45,8% de crescimento, segundo informações Agepen. 

Outras doenças também cresceram de um ano para outro. Este foi o caso da Hepatite-B, que saltou de 24 para 49 de um ano para outro, diferença de 51%. Com crescimento de 26,8%, a Agepen registrou 243 casos de hipertensos em 2012 e 332 no ano passado. Outro índice que cresceu foi o de casos de Câncer, apresentando três notificações em 2012 e 04 em 2013.

Por outro lado houve diminuição de casos de DSTs em 17,6%. Em 2012 foram registrados  34 casos e no ano seguinte baixou para 28. Outra queda foi registrada nos casos de doentes de Hepatite-C, quando foram registrados 29 no ano de 2012 e 23 em 2014.

Conforme a Agepen, todos os internos, sejam homens ou mulheres, estiveram ou estão em tratamento, uma vez que nos presídios existe atendimento de saúde básica e, os casos identificados como média e alta complexidade são encaminhados pela rede SUS e obedecem aos prazos (fila) do sistema, assim como o restante da população. Agendada a consulta, exame ou tratamento, a equipe do presídio solicita escolta da Polícia Militar para levar o reeducando no dia e hora marcados.
 
Outra informação importante repassada pela Agência é que Três Lagoas, diferente de Campo Grande, está pactuada no Plano Nacional de Saúde do Homem Encarcerado, com isso, equipes híbridas – das secretarias Municipal e Estadualde profissionais de saúde atuam no presídio. 

Lembrando que, o município recebe verba específica do Ministério da Saúde para prestar atendimento nos presídios, como assistência médica e odontológica regulares, inclusive há médicos especialistas, como ginecologista e psiquiatra prestando atendimento nos presídios, além do trabalho de clínica geral e assistência de equipes de enfermagem.  Paralelo a isso, equipes da UFMS e da UFGD desenvolvem projeto de combate à tuberculose em presídios do estado, incluindo Três Lagoas.
Em dezembro do ano passado, o Conselho da Comunidade de Campo Grande manteve um profissional de psiquiatria para atender nos presídios da Capital. Atualmente, os casos de psiquiatria emergenciais são encaminhados ao CAPS-3. Os casos de psiquiatria normais são encaminhados à rede Caps e os casos que envolvem questões de alcoolismo e vício em drogas são encaminhados ao Caps-AD, tudo mediante a escolta. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde já está em fase de nomeação de uma médica psiquiatra, aprovada em seleção, para atender nos presídios de Campo Grande.

Nas unidades prisionais de Três Lagoas existem aproximadamente 626 detentos, entre homens e mulheres, sendo que a capacidade é para 575 na cidade.Em todo o Estado são 12.306 presos custodiados pela Agepen, tendo capacidade para 6446.