Nenhuma empresa mostrou interesse em participar do processo de licitação para a construção do Hospital Regional de Três Lagoas, orçado em R$ 41 milhões. A abertura dos envelopes da licitação, iniciada no final do ano passado, aconteceu no último dia 31 de janeiro, mas, nenhuma empresa compareceu para entregar as propostas, conforme confirmou o secretário estadual de Obras e Serviços Públicos, o deputado federal licenciado, Edson Giroto, que esteve ontem, em Três Lagoas.
“É verdade, não houve interesse por parte de nenhuma empresa. Como é uma obra complexa, não é convencional, as empresas acharam dentro do processo, que o preço estaria desequilibrado”, confirmou Giroto.
Diante da falta de interessados, o secretário informou que, o governo do Estado vai analisar o projeto e rever o preço para fazer uma nova publicação de licitação. O secretário acredita que, dentro de 15 dias isso aconteça. “A determinação do governador é para que se resolva isso logo para que as obras da Faculdade de Medicina sejam reiniciadas o mais rápido possível”, salientou.
Giroto argumentou que, toda empresa visa lucro e, se não apareceu nenhuma, é porque algum problema foi detectado. Ele espera que, os R$ 41 milhões previstos para execução dessa obra, seja o suficiente para a construção do hospital. “Mas não sou eu que falo isso, existem dados, tem composição de preço. E o que as empresas alegaram é que o preço colocado pelo Estado de R$ 2.600 pelo metro quadro é um preço inexequível. Então, estamos revisando todo o projeto para a ver se, de fato as empresas tem razão, ou o Estado está certo. Se o governo estadual apresentou um preço inexequível, temos que corrigir”, adiantou o secretário, que acredita que as obras sejam iniciadas ainda nesse semestre.
As obras de construção do Hospital Regional faz parte do projeto de implantação da Faculdade de Medicina em Três Lagoas. A obra do hospital será de responsabilidade do governo do Estado, enquanto que, a construção do prédio da faculdade está a cargo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
A intenção é que o hospital seja construído em uma área, localizada na BR-262, próximo a empresa Mabel, e que pertence a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), porém está em fase de doação para a Prefeitura. Já o prédio da Faculdade de Medicina será construído em uma área dentro do campus II da UFMS.
