
As buscas pelos detentos que fugiram da Colônia Penal Industrial Paracelso de Lima Vieira Jesus, em Três Lagoas, continuam mobilizando as forças de segurança. A fuga foi registrada na madrugada de quarta-feira (17). Ao todo, oito internos escaparam da unidade, segundo confirmação da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
O fato se deu por volta da meia-noite. De acordo com a Agepen, os detentos danificaram as grades da porta da cela disciplinar, o que possibilitou a saída do grupo. Assim que a evasão foi constatada, a direção da unidade adotou imediatamente as providências administrativas e operacionais previstas para esse tipo de ocorrência.
Foram acionadas as forças de segurança, como a Polícia Civil, a Polícia Militar e a situação foi comunicada oficialmente às autoridades competentes e ao Poder Judiciário. Paralelamente, a Agepen iniciou os procedimentos internos para apurar as circunstâncias da fuga.
Ainda conforme a Agência, dois dos foragidos já foram localizados e recapturados. Eles aguardam o retorno ao sistema prisional e devem ser encaminhados para uma penitenciária de segurança média, passando a cumprir pena em regime fechado. Os outros seis detentos seguem sendo procurados, com diligências em andamento.
As imagens do sistema de monitoramento eletrônico da unidade estão sendo analisadas e devem auxiliar na investigação interna, que busca esclarecer como ocorreu a violação da estrutura e se houve falhas nos protocolos de segurança.
Em nota, a Agepen explicou que a Colônia Penal funciona em regime semiaberto, conforme estabelece a Lei de Execução Penal. Esse modelo prevê uma estrutura de segurança reduzida, sem vigilância armada permanente, com menor presença de barreiras físicas e maior ênfase na autodisciplina e na responsabilidade do custodiado.
A Agência ressaltou ainda que o regime semiaberto é voltado à reintegração social, permitindo atividades laborais e educacionais, mas que exige o cumprimento rigoroso das normas internas. Casos de evasão resultam na regressão imediata do regime e na adoção de medidas administrativas e judiciais cabíveis.
Por fim, a Agepen reafirmou que segue cumprindo rigorosamente a legislação vigente, adotando ações para garantir a ordem, a segurança institucional e o acompanhamento das pessoas privadas de liberdade sob sua custódia. As buscas pelos detentos que permanecem foragidos seguem em andamento.