Três Lagoas recebeu um novo mapa de calor que indica as áreas de maior risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti. O levantamento, elaborado em parceria com a Fiocruz, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado, mostra pontos críticos no município com alta densidade do vetor, além de regiões em semialerta e outras ainda sem registro significativo.
Segundo a coordenadora de entomologia, Georgia Medeiros, o mapa é uma ferramenta essencial para orientar as ações da prefeitura.
“A partir do momento que o setor de endemias está com um mapa de calor, ele consegue centralizar ações específicas naquela localidade para eliminar os mosquitos e evitar pessoas contaminadas”, explicou.
Os dados mais recentes, referentes à 33ª semana epidemiológica (agosto), revelam que algumas áreas já aparecem em vermelho, com alta infestação, enquanto outras permanecem em azul. No entanto, o alerta é constante, já que o mosquito circula entre bairros vizinhos.
“Se o morador não fizer a eliminação dos focos no quintal, logo o bairro vizinho também será acometido”, reforçou Medeiros.
Além da dengue, que permanece como a principal preocupação, o município também monitora casos de zika e chikungunya. Atualmente, Três Lagoas registra 72 casos de chikungunya, considerada mais agressiva e com risco de sequelas. Outro ponto de atenção é o retorno da circulação do vírus da dengue tipo 3 no Mato Grosso do Sul.
“Infelizmente já registramos até óbitos por conta da doença. Não podemos baixar a guarda”, alertou.
O Comitê de Enfrentamento à Dengue aprovou medidas para setembro, incluindo vistorias em parceria com o Ministério Público, reuniões com presidentes de bairro e ações educativas em escolas e creches, com uso de material didático que mostra o ciclo do mosquito.
“A dengue não é difícil de ser eliminada, mas depende da população. Hoje o mosquito se adaptou até a águas com óleo. Cabe a nós nos adaptarmos também e eliminar qualquer criadouro”, finalizou.
As autoridades reforçam que cada morador deve dedicar pelo menos dez minutos semanais para vistoriar sua residência e eliminar recipientes que possam acumular água. Até mesmo uma casca de ovo pode se tornar foco de proliferação do mosquito.