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Mulher fica ferida ao se enroscar em linha de pipa com cerol

A Polícia Militar reforça que o uso de linhas com cerol é crime

Além de riscos a motociclistas e pedestres, a utilização de linhas chilenas e indonésias, que têm o comércio proibido no Brasil, também afeta a fauna. Foto: Reprodução/TVC HD.
Além de riscos a motociclistas e pedestres, a utilização de linhas chilenas e indonésias, que têm o comércio proibido no Brasil, também afeta a fauna. Foto: Reprodução/TVC HD.

Uma motociclista ficou ferida ao se enroscar em uma linha de pipa com cerol, no domingo (10), na rua Rogaciano Garcia Moreira, no bairro Jardim das Violetas, em Três Lagoas. A jovem, que preferiu não se identificar, sofreu lesões na perna e passa bem, mas relatou que agora evita trafegar pelo local devido ao medo.

Moradores relatam que a área é frequentemente utilizada para a prática de soltar pipas, principalmente aos finais de semana. João Batista da Mota, que vive em frente ao terreno, contou que, mesmo após a morte de uma enfermeira em janeiro deste ano no mesmo ponto, a prática continua.

“Depois que morreu a mulher, os caras não estão vindo. Mas a molecada vem direto aqui”, disse.

Além de riscos a motociclistas e pedestres, a utilização de linhas chilenas e indonésias, que têm o comércio proibido no Brasil, também afeta a fauna. No dia 14 de agosto, uma arara-canindé foi encontrada com a asa gravemente ferida por linha de cerol, na região da Vila Verde. O animal recebe tratamento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas corre risco de amputação.

A Polícia Militar reforça que o uso de linhas com cerol é crime. O tenente Pedro, do 2º Batalhão, alerta que a fiscalização é intensificada em períodos de férias escolares e finais de semana.

“Nem sempre são apenas adolescentes. Já flagramos vários adultos nessa prática. Quem for pego será encaminhado à delegacia, pois expor a vida de outra pessoa ao perigo é crime previsto em lei”, destacou.

No dia 26 de janeiro deste ano, a enfermeira Kátia Pavanelli Cardoso morreu após ser atingida por uma linha com cerol enquanto pilotava uma motocicleta com o filho na garupa, na mesma via. O caso, lembrado pela comunidade, reforça o alerta sobre os perigos dessa prática.