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RECICLAGEM

Trabalho em cooperativa de Três Lagoas dá novo destino a materiais e pessoas

Atualmente, Três Lagoas coleta cerca de 120 toneladas de lixo por dia, mas apenas 3% é triado como reciclável

No Dia da Reciclagem e do Reciclador, o reconhecimento não é apenas simbólico: ele tem nomes, rostos, trajetórias e impacto real na cidade. Foto: Reprodução/TVC HD.
No Dia da Reciclagem e do Reciclador, o reconhecimento não é apenas simbólico: ele tem nomes, rostos, trajetórias e impacto real na cidade. Foto: Reprodução/TVC HD.

O Dia da Reciclagem e do Reciclador, celebrado nesta sexta-feira, 21 de novembro, reforça a importância do processo de reciclagem, que dá novo destino a materiais descartados e reduz o impacto ambiental. Mas, principalmente, destaca a atuação de quem faz esse ciclo existir: os trabalhadores das cooperativas de triagem.

A diretora de Meio Ambiente, Maysa Costa, explicou que o município não possui indústrias de reciclagem, mas sim operadores logísticos que enviam o material para outras cidades. O que existe aqui é a triagem realizada pelas cooperativas, etapa essencial do processo.

Segundo Costa, a parte mais importante acontece na casa de cada morador, no momento da separação correta dos resíduos.

“A reciclagem é o final do processo. Tudo começa dentro da sua casa: separar rejeito do reciclável e colocar no saco verde para coleta seletiva”, explicou.

Atualmente, Três Lagoas coleta cerca de 120 toneladas de lixo por dia, mas apenas 3% é triado como reciclável, número considerado baixo pela diretoria de Meio Ambiente.

A Cooperativa Arara Azul, responsável por grande parte da triagem no município, completou 11 anos em setembro. O grupo enfrentou diversos desafios, incluindo um incêndio que destruiu parte da estrutura, mas segue firme no trabalho que sustenta dezenas de famílias.

A cooperada e fundadora, Márcia Cristina de Almeida, relembrou o início de tudo.

“Comecei no aterro sanitário com minha mãe. Depois que não pudemos mais trabalhar lá, corremos atrás para criar a cooperativa. Hoje faz 11 anos. Criei meus netos com esse trabalho. Vivo da reciclagem”.

Entre os rostos que dão vida à cooperativa está Thais Alves Nogueira, que saiu do Pará aos 18 anos em busca de oportunidades. Aqui, encontrou emprego, acolhimento e um novo sentido de vida.

“Cheguei sem nada, sem família. Aqui abriram as portas para mim. Hoje faço parte da diretoria, trabalho na prensa, na esteira… A cooperativa faz parte da minha história”.

Aos 22 anos, ela cria duas filhas e dois sobrinhos e lembrou da trajetória difícil até conseguir estabilidade.

“Não foi fácil chegar, nem ficar. Passei por altos e baixos, mas estou aqui hoje, trabalhando com orgulho e ajudando outras pessoas a entender a importância da reciclagem”.

As histórias de Márcia, Thaís e dos demais cooperados mostram que reciclagem em Três Lagoas é muito mais do que destinar corretamente papel, plástico, vidro e metal. É um trabalho social, ambiental e humano, que dá sustento, dignidade e futuro a muitas famílias.

No Dia da Reciclagem e do Reciclador, o reconhecimento não é apenas simbólico: ele tem nomes, rostos, trajetórias e impacto real na cidade.

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