
A possibilidade de Três Lagoas voltar a disputar o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol ganhou força após a visita recente do presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Estevão Petrallas, ao município. Em reunião com o prefeito Cassiano Maia, vereadores e representantes esportivos, foram discutidos os primeiros passos para que a cidade participe da Série B do estadual em 2026.
Para definir qual clube terá condições reais de representar Três Lagoas, uma comissão formada por membros do Legislativo e dirigentes esportivos foi criada. O grupo está avaliando documentação, capacidade administrativa, estrutura física, condições financeiras e regularidade jurídica dos times interessados. Três agremiações tradicionais disputam a vaga: Misto Esporte Clube, Comercial Esporte Clube e Três Lagoas Esporte Clube.
O vereador Ademir Silva dos Santos, o Mi do Santa Luzia (PSB), afirmou que, pela primeira vez, vê um processo conduzido com diálogo e responsabilidade. Ele destacou que a prefeitura abriu espaço para ouvir dirigentes, população e empresários antes da decisão final. Mi ressaltou, porém, que o futebol local enfrenta problemas antigos, como descontinuidade de projetos e falta de gestão profissional. Segundo ele, sem apoio público e planejamento, nenhum clube consegue se manter. O vereador defende um projeto de longo prazo, com investimento nas categorias de base, e não apenas ações pontuais.
Um dos exemplos citados como alerta é o Misto, clube tradicional que acumulou anos de desorganização e chegou a decretar falência, tornando-se símbolo da deterioração do futebol três-lagoense na última década. A intenção da comissão é evitar que erros do passado se repitam.
Outro integrante do grupo, o vereador Pedro Machado Gonçalves Junior, o professor Pedrinho (PSB), reforçou que a escolha precisa seguir critérios técnicos. Para ele, o clube que representar Três Lagoas deve ser aquele com melhor estrutura, gestão e capacidade de planejamento. Pedrinho destacou ainda que qualquer repasse financeiro previsto em lei passará obrigatoriamente pela Câmara, o que aumenta a responsabilidade sobre a decisão. Ele também defende o fortalecimento da base como prioridade, afirmando que o desenvolvimento de jovens atletas é fundamental para garantir futuro ao futebol profissional da cidade.