A Polícia Civil de Três Lagoas contabiliza três homicídios que aconteceram em 2023. As informações são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).
Foram registradas cinco tentativas de homicídio e nenhum caso de feminicídio. No ano passado foram registrados 18 homicídios e, dentre eles, três foram feminicídios. Em 2021 a Polícia contabilizou 19 assassinatos.
A morte mais recente aconteceu esta semana, na última quarta-feira (22). Edgard Barbosa de Souza Junior, de 58 anos, foi encontrado morto na varanda de sua residência, localizada nos fundos do Centro Diocesano, na estrada Boiadeira, região do Alto da Boa Vista.
Ele era popularmente conhecido como ‘Pai Junior’, pois era “pai de santo”, isto é, a pessoa que lidera rituais e dá aconselhamento aos que seguem religiões de matriz africana como a umbanda e o candomblé.
Segundo o major Francisco Rogeliano do 2º Batalhão da Polícia Militar, Francisco Rogeliano, a PM acionada por um vizinho, que foi quem encontrou o corpo. Ele estava na varanda da casa, de bruços, com muito sangue ao seu redor e sem roupas.
Após ser acionada a perícia da Policia Civil, constatou-se lesões no seu rosto que poderiam ser causadas por objeto contundente, ou seja, com um pedaço de pau que estava próximo ao local.
Segundo amigos e familiares, Edgard teria passado toda a quarta-feira sem comunicação, o que causou preocupação. Ainda conforme o PM, apenas o celular da vítima não estava na cena do crime, porém o aparelho foi encontrado posteriormente por uma criança em uma estrada vicinal nas imediações da sua casa.
Conforme o delegado da Polícia Civil, Ricardo Cavagna, o caso está sendo tratado inicialmente como homicídio, entretanto, ainda não está descartada a possibilidade de latrocínio, que acontece quando uma pessoa tira a vida da outra com a intenção de roubar alguma coisa. “A perícia ainda está trabalhando para coletar todos os dados e elementos para saber o mais rápido possível o que aconteceu”, disse.
Ainda em contato com pessoas próximas à vítima, Cavagna foi informado de que Edgard não possuía nenhuma desavença com ninguém e, por esse motivo, o delegado acredita que o crime não tenha sido cometido por intolerância religiosa.
O caso segue sob investigação e não há informações sobre possíveis suspeitos.