O índice de agressões de cachorros contra pessoas em Três Lagoas registrados no ano passado chega a quase 200 casos. Conforme o Centro de Controle de Zoonose (CCZ) do município, a unidade registrou 195 casos no ano, uma média de 16,2 casos ao mês.
Ao contrário do que muitos pensam, não só cães de grande porte e de raça atacam seres humanos. Conforme o médico veterinário do CCZ do município, Douglas Sanches, isso não passa de um mito. “A maioria das agressões é feita por cachorros de pequeno porte, como é o caso da raça pinscher”, explica.
De acordo com Sanches, estes casos são menos divulgados pelas vítimas porque as pessoas tendem a pensar que a mordida de um cachorro pequeno não machuca, e por isso, também não transmite doença, portanto, raramente vão até um posto de saúde.
Para o médico veterinário da unidade, não existe um motivo específico para esse tipo de agressão. Um dos motivos é a criação, “alguns cães são criados dentro de casa e quando saem, agridem uma pessoa”, conta.
O caso mais recente na cidade foi registrado na terça-feira, 3, com um senhor de 61 anos foi gravemente atacado por seu cachorro de estimação, um pitbull, no bairro Nossa Senhora Aparecida.
PROCEDIMENTO
O veterinário Douglas alerta que nestes casos de agressões, a vítima deve ir até um Posto de Saúde e preencher uma ficha que é encaminhada para o CCZ. A partir daí, o centro de zoonose fica responsável por observar o animal e a vítima por dez dias. Se nesse período o cão morrer, é comunicado ao agredido.
Se caso o animal não estiver com a carteirinha de vacinação em dia, a vítima deve ser informada, para ser devidamente medicada na unidade de saúde.