O jovem Carlos Delago Barbosa, 24 anos, confessou, na última quinta-feira, em depoimento ao delegado da 1ª Delegacia de Polícia, Thiago José Passos da Silva, ter matado a comerciante Antônia Izete Aponi, 58 anos, mais conhecida como Toninha do Quiosque, com seis facadas na região peitoral, no último dia 24, por volta das 23h30, na residência dela, situada à rua Orestes Prata Tibery, no centro de Três Lagoas.
Conforme o delegado, o rapaz informou que trabalhava no comércio de Toninha, e também esta residindo na casa dela. Ele relatou, em depoimento, que uma discussão foi o motivo do crime iniciada no quiosque e que terminou na residência da comerciante. A discussão segundo o acusado , aconteceu no momento em que o casal estava bebendo cerveja no quiosque, quando Barbosa abriu uma garrafa de cerveja e o líquido congelou. Neste instante, o rapaz disse que a Toninha ficou muito nervosa e começou a discutir com ele. Em meio à discussão, eles resolveram ir para casa, onde a briga continuou.
Barbosa, disse ao delegado que a comerciante o xingou com vários palavrões. E, por isso, resolveu revidar, também, com palavras de baixo calão. Em meio a troca de acusações, Toninha pegou uma faca e agrediu a mão dele. Ferido, ele conseguiu tomar a faca e num momento de fúria desferiu vários golpes contra a vítima. Mas, ao vê-la agonizando, se arrependeu e saiu em busca de ajuda. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados por vizinhos.
Para não ser preso, de início Barbosa, inventou para a polícia a versão que tinha ido até o quiosque buscar cigarro. Neste percurso, gastou cerca de 15 minutos. Ao retornar, quando abriu a porta foi surpreendido por um homem alto e forte que deu uma facada na mão dele, e ainda o empurrou. Com o impacto ele teria caído no chão. Ao entrar na casa, encontrou a comerciante caída. Ele contou que tentou conversar com a vítima, mas ela já estava agonizando.
De acordo com Silva, Barbosa está preso no Presídio de Segurança Média. O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias, e o delegado informou que irá requerer a prisão preventiva do acusado.
VERSÃO
A primeira versão apresentada por Barbosa, segundo o delegado, tinha várias contradições e de imediato a Polícia Civil já desconfiou do se envolvimento no crime. Outro detalhe, segundo o Silva, que fez a polícia desconfiar do rapaz é que ele tinha a roupa suja de sangue, principalmente a calça, e também apresentava marcas de arranhões no rosto e no pescoço, o que indica uma possível luta com alguém. Além disso, não havia sinais de arrombamento ou evidências da presença de uma terceira pessoa no interior do imóvel.
No imóvel da vítima, a equipe de investigações localizou uma faca que estava escondida em um ralo. O objeto foi encaminhado para exame pericial.
