
Em Três Lagoas, o esporte vai muito além de medalhas e pódios. Ele é ferramenta de inclusão, superação e transformação de vidas. O paradesporto do município vive um momento especial, impulsionado por novos talentos que surgem a cada treino e inspirados por uma referência que já levou o nome da cidade e do Brasil ao mundo: a atleta paralímpica Silvânia Costa.
A atleta vai dobrar os treinos em 2026, já que está na fase de adaptação para mais uma modalidade, o ciclismo, além do atletismo, no qual é detentora de duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas do Rio e de Tóquio. “Vou começar 2026 com foco total no Parapan, na Colômbia, onde vou competir tanto no ciclismo quanto no atletismo, do qual não abro mão. Estou animada e confiante de que volto de lá, se Deus quiser, com duas medalhas”, explicou a paratleta três-lagoense.
Mais do que títulos, Silvânia representa a força da mulher no esporte, a valorização da pessoa com deficiência e a certeza de que o sonho paralímpico é possível. Seu legado vai além das competições: ele se reflete no olhar confiante dos jovens atletas que hoje treinam acreditando que também podem chegar longe.
Nos ginásios, pistas e espaços de treinamento, histórias de coragem e determinação se repetem diariamente. Jovens e adultos com deficiência encontram no esporte uma oportunidade de mostrar suas capacidades, vencer limites e construir sonhos que antes pareciam distantes. Cada avanço até a linha de chegada carregam esforço, disciplina e, acima de tudo, esperança.
Na semana passada, dois paratletas da Apae de Três Lagoas foram destaques nas Olimpíadas Especiais das Apaes. Lucas Costas de Oliveira, na bocha adaptada, categoria BC2, conquistou medalha de prata. “Foi muito bom, eu ganhei uma medalha e estou muito feliz”, pontuou Lucas. Já Emerson Dias Marcelino competiu na corrida dos 1.500 metros e também conquistou medalha de prata. “O esporte mudou bastante coisa que eu aprendi com o esporte, eu gosto de fazer esporte”, disse o paratleta.
Essas novas promessas do paradesporto três-lagoense mostram que o talento está presente em diferentes modalidades. Com o apoio de treinadores dedicados, familiares e políticas públicas de incentivo, os atletas seguem firmes, acreditando que o esporte pode abrir portas, fortalecer a autoestima e mudar realidades.
O paradesporto de Três Lagoas cresce sustentado por histórias reais, humanas e emocionantes. Histórias que mostram que o esporte é inclusão, respeito e oportunidade. Com novas promessas despontando e uma referência consolidada como Silvânia Costa, o município segue firme na missão de formar atletas e, principalmente, cidadãos.
“O paradesporto para essas crianças, jovens e adultos é de suma importância para a sociedade. Inclusive, estamos com a Sejuvel na busca dessas crianças dentro das escolas para o esporte. Crianças com níveis elevados de deficiência podem ser, quem sabe, os novos paratletas campeões paralímpicos”, pontuou Roney Araújo, técnico do paradesporto em Três Lagoas.
Em cada treino, Três Lagoas reafirma que acreditar no esporte é acreditar em pessoas. E o futuro do paradesporto local segue forte, inspirador e cheio de possibilidades.