
O mercado do milho em Mato Grosso do Sul encerrou novembro com cotações firmes. Os produtores adotaram uma postura mais cautelosa nas vendas. Mesmo com um cenário externo marcado por feriado prolongado nos Estados Unidos e problemas técnicos na Bolsa de Chicago, os contratos futuros brasileiros acumularam altas semanais e mensais. Isso ajudou a sustentar o humor do mercado.
Na última semana do mês, o feriado norte-americano reduziu a liquidez internacional. Além disso, um problema no data center da CME Group, responsável pela administração da Bolsa de Chicago, atrapalhou ainda mais o andamento das negociações. Apesar disso, os preços do milho no Brasil conseguiram manter trajetória de valorização ao longo de novembro. Isso foi apoiado por fatores internos, como a menor disposição de venda por parte dos produtores.
Mercado Físico e Consultorias Especializadas
Relatos de consultorias especializadas indicam que os contratos de milho brasileiro fecharam o mês em patamares superiores aos vistos anteriormente. Isso refletiu a combinação entre incertezas climáticas e especulação em torno da próxima safra. No mercado físico, porém, a saca de 60 quilos apresentou comportamento mais estável no último dia útil de novembro em diversas praças sul-mato-grossenses.
Em São Gabriel do Oeste, a referência ficou em R$ 53,11 por saca. Já em Chapadão do Sul, a cotação foi de R$ 55,48. No município de Maracaju, o preço alcançou R$ 55,66, enquanto em Dourados o fechamento divulgado por uma consultoria local apontou R$ 56,67. Isso ocorreu sem grandes variações em relação aos dias anteriores.
Dinâmicas de Oferta e Demanda
Do lado da demanda, compradores relatam que possuem estoques suficientes para atravessar o fim de ano, sobretudo as indústrias de maior porte. Por outro lado, consumidores menores ainda dependem do mercado à vista. Eles precisam adquirir lotes de milho a preços um pouco mais altos, justamente por causa da retração dos vendedores.
Entre os produtores, a avaliação predominante é de que vale a pena segurar as vendas neste momento. Muitos preferem aguardar. O avanço da soja exigirá a liberação de espaço nos armazéns. Isso pode forçar uma corrida para escoar o milho antes do pico de colheita da oleaginosa. Nesse cenário, o risco é concentrar a oferta em um curto período, pressionando as cotações para baixo.
Recomendações e Estratégias para Produtores
Por isso, analistas recomendam planejamento. A orientação é avaliar custos, necessidades de caixa e contratos já firmados, buscando equilíbrio entre aproveitar as altas recentes e evitar vendas em situação de urgência. Em um fim de ano marcado por incertezas climáticas e atenção redobrada ao comportamento da demanda, o produtor de Mato Grosso do Sul entra em dezembro mais atento à estratégia comercial do que ao volume colhido.
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