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SOJA | SAFRA 2025/26

Plantio da soja em MS chega a 99% e clima mantém produtor em alerta para a safra 2025/26

Semeadura da soja em MS está em 99%, mas clima irregular e calor intenso preocupam a safra 2025/26 em meio à demanda firme da China.

Lavoura de soja em Mato Grosso do Sul em fase inicial de desenvolvimento, com fileiras verdes alinhadas até o horizonte sob céu parcialmente nublado
Com o plantio praticamente concluído, lavouras de soja em Mato Grosso do Sul dependem agora do regime de chuvas para garantir boa produtividade na safra 2025/26. Foto: Gerada por IA | Adriano Hany

A safra de soja 2025/26 avança em ritmo acelerado no Brasil, com destaque para a semeadura da soja em Mato Grosso do Sul. No entanto, está sob um pano de fundo de preocupação climática. Levantamento da Pátria Agronegócios mostra que, até a última sexta-feira, o plantio atingiu 87% da área nacional. Isso é abaixo dos 89,5% registrados no mesmo período da safra anterior. Contudo, ainda está acima da média histórica de cinco anos, de 85,13%. Apesar do bom ritmo, a consultoria avalia que as condições gerais das lavouras apontam para potencial de produtividade menor em boa parte do país, na comparação com a safra 2024/25.

A combinação de chuvas irregulares e calor intenso preocupa especialmente. Isso ocorre nas regiões que sofreram com veranicos mais prolongados ou distribuição de chuva muito instável. Nessas áreas, parte das lavouras teve emergência irregular, estresse hídrico em fases sensíveis ou necessidade de replantio. Isso pode custar em produtividade e elevar os custos da produção. Ainda assim, a Pátria Agronegócios ressalta que a ampliação da área plantada abre espaço. Assim, o Brasil pode voltar a trabalhar com perspectiva de nova safra recorde, caso o clima colabore daqui em diante.

Em Mato Grosso do Sul, o quadro é de plantio praticamente concluído. A semeadura está “tecnicamente encerrada”, segundo a consultoria, com 98,9% da área cultivada. A semeadura da soja em Mato Grosso do Sul destaca-se pela eficiência. Na prática, cerca de 99% das lavouras já estão estabelecidas. O avanço coloca o Estado em posição confortável em termos de calendário. Porém, mantém o produtor em alerta total para o comportamento das chuvas nas próximas semanas. Esta fase é decisiva para garantir bom arranque vegetativo e formação de potencial produtivo.

Demanda chinesa e turbulência em Chicago entram no radar

No mercado internacional, a semana que teve feriado nos Estados Unidos também trouxe sinais importantes. Como o tradicional relatório de vendas e exportações americanas não pôde ser divulgado na quinta-feira, em função do feriado, os dados foram apresentados na sexta. O balanço confirmou vendas de 312 mil toneladas de soja para a China, reforçando a presença ativa do país asiático no mercado norte-americano. A semeadura da soja em Mato Grosso do Sul está alinhada a essas tendências.

O movimento chamou atenção porque a China está comprando soja dos Estados Unidos mesmo pagando mais caro. Isso inclui operações realizadas por empresas públicas chinesas. O recado implícito para o produtor brasileiro é que o principal comprador global segue demandando produto e diversificando origens. Isso pode influenciar a dinâmica de preços adiante, impactando indiretamente a semeadura da soja em Mato Grosso do Sul.

Impacto do Clima e Demanda Externa na Safra Brasileira

A reabertura do pregão na sexta, porém, foi marcada por problemas técnicos no data center da bolsa de Chicago. A falha comprometeu o funcionamento da plataforma administrada pela CME Group e reduziu ainda mais o volume de negócios em um dia que já seria esvaziado após o feriado. Apesar disso, a combinação de clima instável no Brasil e demanda firme da China segue como fator de sustentação para o mercado. Isso mantém as atenções voltadas tanto para as lavouras quanto para o comportamento das bolsas internacionais, aspectos que também afetam a semeadura da soja em Mato Grosso do Sul.