
A nova estimativa da safra de algodão 2025/2026, divulgada pela StoneX e comentada no programa Agro é Massa, aponta uma queda relevante na produção brasileira de pluma. A consultoria projeta agora cerca de 3,7 milhões de toneladas. Isso representa redução de 11% em relação à campanha anterior. Ainda é 1% a menos do que constava no levantamento anterior da própria empresa. O movimento confirma um cenário de revisão sucessiva para baixo na safra de algodão 2025/2026. Além disso, reforça o clima de cautela no planejamento dos produtores.
Além disso, a retração não decorre apenas de produtividade, mas principalmente de uma reavaliação das áreas cultivadas. A Bahia, segundo maior produtor nacional, deve semear aproximadamente 393 mil hectares. Este volume é 5% menor que o registrado na safra 2024/2025. Essa decisão sinaliza um ajuste de rota importante num estado que vinha ampliando o protagonismo na fibra. Agora, revê planos diante de um ambiente de custos elevados e margens mais apertadas.
Análise da Produção de Algodão por Estado
No mapa do algodão, Mato Grosso continua como líder absoluto em área e produção, mantendo grande distância em relação aos demais estados. Logo em seguida aparece a própria Bahia. Além disso, Ceará e Mato Grosso do Sul figuram entre os principais produtores do país. Esse grupo de estados sustenta a base da oferta brasileira de pluma. Portanto, qualquer mudança relevante de área em uma dessas regiões tende a repercutir em toda a cadeia, do fornecimento de insumos à indústria têxtil.
Por outro lado, a redução projetada para 2025/2026 não significa necessariamente um recuo estrutural do algodão no Brasil. Ela expõe, porém, a necessidade de reajuste fino nas estratégias de plantio. Isso ocorre sobretudo em praças onde o produtor compara com atenção o desempenho de outras culturas, como soja e milho, na disputa por área. Assim, o corte de 11% na produção estimada indica que muitos agricultores preferem testar combinações mais conservadoras de risco e retorno. Eles acompanham de perto o comportamento dos preços e do crédito rural.
Impacto da Revisão da StoneX na Safra 2025/2026
Dessa forma, a nova fotografia da safra mostra um algodão ainda forte na pauta do agronegócio brasileiro, porém cercado por decisões mais prudentes. A revisão feita pela StoneX, com menor área na Bahia e ligeira correção na produção total, funciona como termômetro da sensibilidade do produtor ao cenário de custos financeiros altos, volatilidade de mercado e necessidade de preservar caixa. O desempenho efetivo da safra de algodão 2025/2026, agora, dependerá não só do clima. Também dependerá da capacidade de cada região de equilibrar tecnologia, financiamento e apetite ao risco.