Três Lagoas caminha para o ano de 2026 para ser uma cidade com todas as vias públicas asfaltadas, segundo anúncio da prefeitura municipal. Avançamos e muito na questão na implantação da rede de abastecimento de água, captação de esgoto e de águas pluviais.
A iluminação pública conforme anunciado, dentro de sete meses será universalizada, ou seja, não haverá rua sem luminária. Aliás, essa questão proporciona para a população mais segurança, porque inibirá aqueles que costumam agir às escuras na calada da noite. Mas, como tudo na vida é uma questão de conduta, é preciso que haja mais consciência por parte da população para não tornar os bueiros da cidade por onde correm as águas de chuvas em depósito de lixo.
É comum constatar, vez por outra, que muitas pessoas ao varrerem suas calçadas e as respectivas guias e sarjetas e jogam nos bueiros o lixo que deveria ser recolhido e ensacado. Essa ação de espertalhões (as), compromete o escoamento das águas de chuvas, além de entupir a rede instalada, que evita enchentes em nossas ruas e até a invasão dessas águas em residências. Ora, se a população e com razão cobra a execução de serviços e obras que melhoram a sua vida, precisa, também, ter consciência de que é necessário ter conduta e respeitar as normas estabelecidas no Código de Posturas da municipalidade, que enuncia as obrigações do Poder público e as condutas que devem ser observadas pelos cidadãos Entre elas, a obrigatoriedade de se calçar as frentes de imóveis urbanos.
Como é sabido, Três Lagoas é cidade que já está quase chegando na casa dos 150 mil habitantes, mas ainda tem esse desafio a cumprir. Assim como, a administração municipal, por seu turno, tem o dever de fazer com que se cumpra o Código de Posturas. Inevitavelmente, para se tornar a cidade que queremos bem asfaltada e iluminada e com aspecto de cidade desenvolvida e que prospera como é o nosso caso, será preciso notificar proprietários de imóveis para fazerem calçadas e levantarem muros, sob pena de não conseguirmos mudar o aspecto físico da cidade, que tanto queremos embelezar.
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Há anos passados na não muito distante cidade paulista de Presidente Prudente, a administração municipal depois de notificar o proprietário do imóvel urbano para fazer calçada e muro, diante da inércia do contribuinte, decorrido o prazo estabelecido, levantava um muro pré fabricado e calçava a frente do imóvel. E inseria no muro a frase “construído pela Prefeitura Municipal. E, em seguida, notificava o contribuinte para, novamente, pagar pelo serviço executado. E, caso não fosse realizado o pagamento da importância cobrada, o valor era lançado na dívida ativa do município para ser cobrada judicialmente, sob pena de penhora do imóvel, e consequente, parcelamento do mesmo para ressarcir o erário público.
Aliás, Três Lagoas já adota essa conduta na questão de terrenos baldios tomados pelo mato, quando a prefeitura executa a roçada que visa combater insetos, e o mosquito transmissor da dengue e outras doenças. Enfim, não são poucas as questões com que a administração municipal se depara diante de cobranças que a população faz, mas por outro lado é preciso que os moradores da cidade e proprietários de imóveis deem a sua contribuição para tornar Três Lagoas uma cidade corretamente urbanizada.
Certamente, quando nossas ruas estiverem asfaltadas, bem iluminadas e os cidadãos conscientes de suas obrigações, entre elas, a de ensacar e não depositar o lixo residencial nas ruas, poderemos dizer que somos uma cidade urbanizada e de gente cumpridora de suas obrigações.
