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"A vida é cigana, mas a música é da terra”: Maria Alice lança tributo a Geraldo Espíndola

Disco chega às plataformas digitais no dia 30 de outubro com 14 faixas

Maria Alice, no estúdio da rádio Massa Campo Grande (Foto: Karina Anunciato/ Massa CG)
Maria Alice, no estúdio da rádio Massa Campo Grande (Foto: Karina Anunciato/ Massa CG)

A cantora Maria Alice, com mais de 35 anos de carreira, lança neste mês o álbum Maria Alice Canta Geraldo Espíndola, um tributo ao compositor que é um dos pilares da música sul-mato-grossense. O disco, que chega às plataformas digitais no dia 30 de outubro, reúne 14 faixas assinadas por Geraldo — entre clássicos e canções menos conhecidas — e conta com a participação especial do próprio homenageado.

O projeto dá continuidade à proposta de Maria Alice de valorizar os compositores do Estado. Antes de Geraldo, ela gravou Maria Alice Canta Paulo Simões.

“Quis colocar o nome deles na capa, pra valorizar o compositor. As pessoas conhecem a música, mas raramente sabem quem a escreveu”, explica a cantora.

A seleção das faixas foi um desafio. Com direção musical de Pedro Ortale e Jerry Espíndola, o repertório mistura sucessos como Vida Cigana e Cunhataiporã a músicas menos conhecidas, “garimpadas” especialmente para o disco.

“Foi difícil escolher, porque o Geraldo tem uma produção enorme. O Jerry foi fundamental nessa curadoria”, conta Maria Alice.

Durante entrevista à Massa FM, Maria Alice relembrou a força da música regional e defendeu políticas públicas para o setor. “A política pública abre espaços que o mercado ainda não abriu. É uma forma de democratizar o acesso à verba e à visibilidade”, afirmou.

O novo trabalho traz ainda uma versão inédita de Vida Cigana, adaptada em ritmo de bossa nova. “O desafio era fazer algo que ninguém tivesse feito ainda. O Pedro achou a solução perfeita com a bossa”, diz.

Com o lançamento, Maria Alice reforça o compromisso de manter viva a produção musical do Mato Grosso do Sul — e de dar nome e voz aos artistas que moldaram a identidade sonora do Estado. “A nossa música é boa. A gente só precisa dar visibilidade pra ela. Tenho certeza de que o público vai gostar se ouvir”.

Acompanhe a entrevista completa: