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Bomba causa pânico e interdição do Terminal Morenão em Campo Grande

Homem mascarado abandonou sacolas com supostos explosivos e panfletos políticos; Esquadrão Antibomba neutralizou artefatos sem feridos

Bomba no Terminal Morenão (Foto: Reprodução/ Rede Social)
Bomba no Terminal Morenão (Foto: Reprodução/ Rede Social)

Na tarde desta quarta-feira (9), um homem, descrito como barbudo e usando máscara cirúrgica, abandonou duas sacolas com supostos explosivos e panfletos com mensagens políticas no Terminal Morenão, em Campo Grande. O episódio gerou pânico entre passageiros e trabalhadores, levando à interdição do terminal por mais de uma hora.

O Esquadrão Antibomba da Polícia Militar foi acionado e conduziu a operação por cerca de uma hora e meia. Durante a ação, o terminal ficou interditado, e o trânsito de ônibus foi desviado para a Avenida Costa e Silva, que funcionou como ponto de embarque e desembarque provisório.

De acordo com o comandante da operação, os artefatos eram bombas caseiras, contendo cacos de azulejo, o que aumentaria o potencial de destruição se fossem acionadas. Para neutralizar o risco, os policiais utilizaram um canhão disruptor, equipamento que dispara jatos de água de alta pressão para desarmar explosivos com segurança.

A área foi isolada com apoio do BOPE, da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Fiscais da Agetran também orientaram motoristas e passageiros, já que muitas pessoas tentavam acessar o terminal sem saber da ocorrência.

Apesar do susto, ninguém ficou ferido. A Polícia Civil abriu inquérito para identificar o suspeito, que fugiu antes da chegada das equipes.

Segundo informações da investigação, panfletos impressos foram espalhados pelo terminal com mensagens políticas. “Abaixo os generais golpistas! Morte aos fascistas! Viva o maoísmo! Viva a revolução democrática popular! Partido Comunista do Brasil – P.C.B”.

Em nota divulgada nas redes sociais, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) de Mato Grosso do Sul negou envolvimento no caso. A sigla afirmou que ocorrências semelhantes — envolvendo artefatos explosivos e panfletos — foram registradas em outras regiões do país entre 2024 e 2025 e que o partido repudia qualquer ato de violência.

O Terminal Morenão foi reaberto ao público após a liberação do Esquadrão Antibomba. A polícia segue analisando imagens de câmeras de segurança para identificar o autor da ameaça. O caso será investigado como possível crime de terrorismo e apologia à violência política.