
A Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande cobrou, mais uma vez, explicações da Secretaria Municipal de Saúde sobre a falta de remédios na rede pública. Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (18), vereadores ouviram o Comitê Gestor da Sesau. O comitê apresentou um balanço dos últimos 70 dias e prometeu que, no início de 2026, o estoque de medicamentos essenciais do município estará 100% abastecido. O debate reforçou a pressão política em torno do estoque de medicamentos e da qualidade do atendimento à população.
Vereadores cobram respostas
O presidente da Comissão de Saúde, vereador Dr. Victor Rocha, afirmou que a principal preocupação dos parlamentares continua sendo a ausência de medicamentos e de material médico-hospitalar em unidades básicas e demais serviços da rede. Além disso, ele destacou que essas queixas chegam diariamente aos gabinetes. Isso mantém o tema no centro da pauta da Câmara.
“A gente teve a oportunidade de ouvir os pontos principais. A falta de medicamentos e de material médico-hospitalar é o que mais chega para todos nós vereadores. Hoje pudemos entender o que foi feito e qual é o caminho para corrigir isso”, resumiu o parlamentar, ao explicar o objetivo da convocação do Comitê.
Outro ponto discutido foi o uso das novas ambulâncias do SAMU. Segundo Dr. Victor, ainda existe cobrança da população pelo aproveitamento imediato da frota. No entanto, ficou esclarecido que as seis ambulâncias novas, que permanecem no pátio da Sesau, foram destinadas à ampliação das equipes. Hoje, Campo Grande conta com 14 equipes do serviço de urgência, e a expectativa é que a estrutura seja ampliada gradualmente.
Abastecimento da REMUNE
Representando o Comitê Gestor, o secretário Especial de Licitação e Contratos, André de Moura Brandão, apresentou um quadro de evolução no abastecimento da REMUNE (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais). Conforme ele, há 70 dias a Sesau operava com apenas 55% dos 252 itens disponíveis para a população.
“Quando assumimos, o abastecimento estava em 55%. Hoje já chegamos a 80% e vamos alcançar 90% até o fim da segunda quinzena de dezembro. No início do ano, trabalhamos para atingir o atendimento pleno da REMUNE”, explicou André, ao detalhar o cronograma de recomposição dos estoques.
Além disso, o secretário relatou que, ao assumir a função, o Comitê encontrou falhas administrativas e pendências com fornecedores. Assim, a equipe precisou reorganizar processos internos, retomar negociações e destravar contratos em atraso. Esse esforço, segundo ele, permitiu a recuperação gradual do estoque na rede municipal e sustentou a promessa de chegar a 100% de abastecimento em janeiro.
Câmara promete manter vigilância
O presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy, reforçou que o Legislativo vai continuar acompanhando de perto o cumprimento das metas apresentadas pela Sesau. Para ele, a transparência e o ritmo de trabalho da gestão são fatores decisivos. Isso é essencial para que a população perceba, na prática, a melhora no atendimento.
“A Câmara cumpre seu papel ao cobrar transparência, ritmo de trabalho e soluções. O que buscamos aqui é simples: que a população tenha atendimento digno. A Comissão de Saúde continuará acompanhando cada etapa, porque essa é a responsabilidade que a cidade espera de nós”, afirmou Papy.
Ao mesmo tempo, vereadores e gestores reconheceram que a recomposição do estoque de medicamentos não encerra todos os problemas da rede. Ainda será necessário monitorar a entrega dos itens, o funcionamento das unidades e o uso efetivo das novas ambulâncias do SAMU. Dessa forma, o compromisso assumido pelo Comitê da Sesau em garantir 100% de abastecimento em 2026 passa a ser também um ponto de fiscalização permanente da Câmara de Campo Grande.
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