Durante entrevista ao programa Microfone Aberto da Massa FM Campo Grande, nesta quarta-feira (9), no quadro Compre em Campo Grande, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, Adelaido Vila, apresentou duas frentes de atuação da entidade: a adoção de tecnologia para atendimento digital e o enfrentamento de problemas ligados à saúde mental nas empresas.
Uma das iniciativas destacadas por Adelaido é o chamado “funcionário digital”, ferramenta baseada em inteligência artificial capaz de realizar atendimentos via WhatsApp com linguagem natural, inclusive por áudio.
A proposta é ampliar a agilidade no contato com clientes e deixar o atendimento humano mais eficaz.
“O funcionário digital soma, ele melhora o atendimento em Campo Grande. Trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, e prepara tudo para o atendimento humano”, explicou.
Segundo ele, a CDL tem se aprofundado em soluções tecnológicas acessíveis que ajudem o varejo local a se adaptar às novas demandas. O sistema é personalizado conforme o perfil e os produtos de cada empresa, garantindo que o cliente receba respostas adequadas e rápidas.
Atenção à saúde emocional dos trabalhadores
Além da pauta tecnológica, Adelaido também chamou a atenção para a saúde mental nas empresas, tema de uma palestra promovida pela CDL na noite desta quarta-feira, na sede da entidade, aberta a associados e não associados.
Para ele, a preocupação com o bem-estar emocional deve estar no centro da gestão empresarial — não apenas por responsabilidade social, mas também por impacto direto na produtividade.
“Hoje as pessoas estão sempre em estado de alerta, vivendo no futuro, sem estarem no presente. Isso causa um desgaste enorme”, disse. “A gente precisa de ferramentas e exercícios que ajudem a tornar o dia a dia mais leve.”
O presidente da CDL alertou ainda para os efeitos pós-pandemia, que agravaram quadros de ansiedade, depressão, alcoolismo e outras formas de sofrimento psíquico. A proposta da palestra é oferecer mecanismos práticos de autocuidado e mais consciência no ambiente de trabalho.
“Contratamos o corpo inteiro”
Durante a entrevista, Adelaido ressaltou que a relação entre empregador e empregado mudou. Segundo ele, o mercado atual exige profissionais inteiros, não apenas mão de obra.
“Antes contratava-se a mão. Hoje contratamos o corpo inteiro, com tudo o que vem junto, inclusive a mente que às vezes precisa de ajuste”, afirmou. “O maior patrimônio da empresa é o colaborador. Sem ele, a loja não abre, a rádio não toca.”
O evento promovido pela CDL tem como objetivo alcançar tanto empresários quanto trabalhadores de diferentes setores, incluindo comércio, indústria e agronegócio. A entidade espera que, ao promover essas discussões, fortaleça a rede de apoio ao setor produtivo da Capital.
Confira a entrevista na íntegra: