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Saúde

Crianças e adolescentes têm atendimento gratuito de fisioterapia respiratória na UFMS

Iniciativa oferece tratamento para pacientes, desde recém-nascidos até 17 anos, com doenças respiratórias

Iniciativa oferece tratamento para pacientes, desde recém-nascidos até 17 anos, com doenças respiratórias - Foto: Reprodução/UFMS
Iniciativa oferece tratamento para pacientes, desde recém-nascidos até 17 anos, com doenças respiratórias - Foto: Reprodução/UFMS

Inspirar e expirar o ar: um processo automático, que pode passar despercebido para muitas pessoas, é também a causa de problemas para outras. Crianças e adolescentes com doenças crônicas ou com quadros virais têm a possibilidade de receber o atendimento gratuito de fisioterapia respiratória na Cidade Universitária. Com o objetivo de ofertar o serviço que não é disponibilizado na Rede de Atenção à Saúde, o projeto Respira surgiu em 2018 e realiza cerca de 580 atendimentos por ano.

 Como não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a demanda é alta. “Os pacientes do SUS que precisam de fisioterapia respiratória pediátrica não conseguem ter o acesso na rede pública – não somente no município, mas no estado, ele não é disponibilizado pelo SUS na maior parte do país. As pessoas só conseguem esse tipo de atendimento se forem para a rede particular. Como a maioria dos pacientes está em situação de vulnerabilidade social, eles não têm como arcar”, explica a coordenadora do projeto de extensão e professora do Instituto Integrado de Saúde, Leila Foerster Merey.

Os pacientes podem ser crianças e adolescentes com doenças crônicas, como a asma ou fibrose cística, ou aqueles que desenvolveram problemas respiratórios após um quadro viral, como uma pneumonia ou gripe muito intensa. “Nós atendemos também pacientes recém-nascidos que precisam da estimulação sensório motora para melhorar o desenvolvimento. Também realizamos o atendimento de pacientes neurológicos que têm distúrbios respiratórios associados. Os pacientes crônicos são alocados em programas de reabilitação pulmonar que a gente oferece dentro do projeto”, complementa a professora.

O projeto atende os pacientes em sessões individuais, com duração de até 1 hora, ou em grupos terapêuticos, que são dedicados a pacientes neurológicos ou com doenças crônicas, que realizam a reabilitação pulmonar. “É importante falar que os atendimentos são iniciados após uma avaliação específica individualizada e criteriosa, a gente propõe um plano a ser desenvolvido com esse paciente”, diz.

O serviço é oferecido aos pacientes pelos estudantes do Curso de Fisioterapia, com a supervisão da coordenadora e da fisioterapeuta Juliana Teixeira. Portanto, além de atender a comunidade, o projeto contribui para fortalecer a formação dos estudantes. Ao todo, 15 estudantes participam da ação.

Atendimento por encaminhamento e demanda espontânea

Os pacientes do projeto podem ser encaminhados por hospitais, unidades de saúde ou consultórios médicos. Também há vagas para a demanda espontânea, ou seja, pais e responsáveis que têm interesse, podem procurar a Clínica na Universidade. “Se alguém ficou sabendo do projeto, pode ligar na Clínica e solicitar uma avaliação. A equipe vai fazer o contato e agendar. A partir da avaliação, vamos eleger se o paciente será atendido ou não. Se sim, decidiremos quantas vezes por semana o paciente será atendido e qual plano vamos seguir”, orienta Leila Foerster Merey.

O atendimento é realizado na Clínica Escola Integrada às segundas, quartas e sextas-feiras, das 13h às 18h, na Cidade Universitária.

*Com informações da UFMS