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Em situação real, cão farejador da Receita encontra droga em 10 segundos

O responsável por esse trabalho eficiente é Yanko, cão da raça pastor belga, utilizado pela Receita Federal no trabalho de fiscalização de bagagens e encomendas via postal em Mato Grosso do Sul

O responsável por esse trabalho eficiente é Yanko, cão da raça pastor belga, utilizado pela Receita Federal no trabalho de fiscalização de bagagens e encomendas via postal em Mato Grosso do Sul - Foto:Divulgação/UCDB
O responsável por esse trabalho eficiente é Yanko, cão da raça pastor belga, utilizado pela Receita Federal no trabalho de fiscalização de bagagens e encomendas via postal em Mato Grosso do Sul - Foto:Divulgação/UCDB

Bastaram 10 segundos para que um agente da Receita Federal em Campo Grande localizasse, em meio a várias encomendas dos Correios, pacote com droga cuidadosamente embalada com plástico bolha e papel carbono para evitar cheiro. 

O responsável por esse trabalho eficiente é Yanko, cão da raça pastor belga, utilizado pela Receita Federal no trabalho de fiscalização de bagagens e encomendas via postal em Mato Grosso do Sul.

Essa ação real fez parte de uma demonstração realizada na última terça-feira (28) a acadêmicos do curso de Psicologia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). As apresentações ocorreram em dois períodos, para as turmas da manhã e da noite.

A visita foi coordenada pelo delegado da Receita Federal em Campo Grande, Clovis Ribeiro Cintra Neto, e teve a participação dos servidores Márcio Cação Tognini, que conduz o cão Yanko, João Luís Castello Branco e Rildo da Silva, todos da área de repressão.

“Estamos mostrando à sociedade que a Receita é bem mais que o leão cobrador de impostos. O trabalho de combate ao tráfico de drogas e armas, além do contrabando e descaminho de mercadorias, também são nossas atribuições”, explicou o delegado a dezenas de alunos que acompanharam a apresentação.

Fiscalização real

Foram adotadas duas formas de abordagem da fiscalização com apoio de cães. Na primeira, simulada, foram colocadas diversas malas dispostas lado a lado. Em uma delas havia entorpecente. Conduzido pelo analista tributário Márcio Cação Tognini, o cão Yanko entrou em ação e, em 10 segundos, localizou a mala contaminada.

A outra forma teve situação real de fiscalização em que até mesmo os servidores da Receita Federal não sabiam o que havia dentro dos pacotes recolhidos nos Correios de Campo Grande. Da mesma forma, o agente canino Yanko localizou droga em 10 segundos, em meio a diversas encomendas postais. 

O delegado da Receita explica que, quando ocorre esse tipo de situação, o pacote é aberto para verificar se a informação emitida pelo cão está correta. No caso específico, havia pelo menos 1 quilo de entorpecente. Após a confirmação, os funcionários fazem a pesagem da droga, em balança de precisão, registram a ocorrência e encaminham o produto para a Polícia Federal. 

“O cão inspecionou o pacote, despachado nos Correios de Campo Grande com destino a Ouro Branco (MG), e sinalizou que poderia haver alguma substância ilegal. Ao abrir a embalagem, os servidores constataram que se tratava de dois tabletes de maconha”, explicou o delegado Clovis Cintra.

Desde 2010

A Receita Federal trabalha com apoio de cães farejadores desde 2010, especialmente com três raças: pastor alemão, pastor belga e labrador. São 43 cães no Brasil, dois em Mato Grosso do Sul, cujo Estado faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia, dois grandes produtores de droga.

A Receita explica que Yanko tem a companhia do cão Ice, que no dia da apresentação na universidade estava em Corumbá para ações de repressão ao crime organizado na fronteira com a Bolívia.
Psicologia comparada

De acordo com a professora Heloísa Grubits, os acadêmicos aprendem sobre a Psicologia comparada, em que analisam comportamentos análogos entre seres humanos e outras espécies animais. “A gente trabalha os princípios de aprendizagem e utilizar diversos exemplos, sendo um deles os cães de trabalho da Receita, como são feitos esses treinamentos e como prestam esse serviço para a sociedade”, explicou a professora ao portal da universidade.