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ENTREVISTA

Lídio Lopes critica lentidão na duplicação da BR-163 e diz que CG ainda sofre com visão machista

Deputado estadual avaliou o mandato, falou sobre infraestrutura viária, desafios regionais e comentou críticas à gestão da prefeita Adriane Lopes

Lídio Lopes nos estúdios da Massa FM Campo Grande - Foto: Adriano Hany/Portal RCN67
Lídio Lopes nos estúdios da Massa FM Campo Grande - Foto: Adriano Hany/Portal RCN67

Durante entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande, nesta terça-feira (1), o deputado estadual Lídio Lopes (Sem Partido) criticou a lentidão na duplicação da BR-163, apontou gargalos estruturais em Mato Grosso do Sul e afirmou que parte das críticas à gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), sua esposa, está relacionada ao fato de ela ser mulher.

Críticas à BR-163 e à nova concessão

Lopes classificou como “problemática” a concessão da BR-163 e afirmou que o Estado ficou para trás na comparação com outras regiões.

“Eles fizeram só os 10% exigidos para instalar os pedágios e depois pararam. Arrecadaram bilhões e não duplicaram mais nada.”

Para o deputado, a mudança de nome da concessionária, que passou de CCR para Motiva, não alterou o cenário. “Mudaram o nome, mas continuam cobrando pedágio do mesmo jeito”, resumiu.

Ele também disse que Mato Grosso do Sul ainda está distante de padrões viários encontrados em estados como São Paulo e Paraná. “Nosso asfalto está bem aquém.”

Saúde e infraestrutura lideram demandas

Ao falar sobre sua atuação parlamentar, Lídio afirmou que as principais solicitações que recebe dos municípios são para infraestrutura e saúde, além de reforçar sua atuação na área social.

“As emendas que destino vão muito para saúde e infraestrutura. Também presido Comissão em Defesa da Assistência Social, que é uma pauta essencial.”

“Campo Grande é uma cidade extremamente machista”

Ao comentar o cenário político da Capital, o deputado atribuiu parte das críticas à prefeita Adriane ao machismo estrutural presente na sociedade.

“Todas as gestões tiveram problemas, mas nunca bateram tanto quanto agora. E por quê? Porque ela é mulher.”

Lopes disse que evita interferir na administração municipal, mas auxilia quando é consultado. “Se eu fizesse ingerência, seria ainda pior”, avaliou.

Sobre o título informal que recebe por ser marido da prefeita, brincou:

“Pode me chamar de Primeiro Damo, que é mais fácil. É a primeira vez que Campo Grande tem uma prefeita mulher.”

Futuro político sem sigla definida

Sem partido desde a fusão entre Patriota e PTB, que originou o PRD, Lídio Lopes disse que ainda aguarda definições para as eleições de 2026.

“Estou analisando as movimentações partidárias e vendo qual sigla será mais adequada para disputar o mandato.”

Ele afirmou ainda ser um dos parlamentares que mais percorrem o estado. “Tenho presença nos 79 municípios. Isso gera muita demanda, mas faz parte do meu trabalho.”

Confira a entrevista na íntegra: