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Campo Grande obriga receitas médicas digitadas para pacientes do SUS

Decisão da Justiça garante legibilidade das prescrições e evita riscos causados por manuscritos ilegíveis

Prescrição médica só pode ser escrita à mão em emergências, desde que letra de fôrma seja usada - Foto: Reprodução/ Defensoria Pública de MS
Prescrição médica só pode ser escrita à mão em emergências, desde que letra de fôrma seja usada - Foto: Reprodução/ Defensoria Pública de MS

As prescrições médicas das unidades da rede municipal de Campo Grande agora precisam ser digitadas, garantindo maior legibilidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi determinada pela Justiça após ação da Defensoria Pública em favor dos usuários, que enfrentavam dificuldades em ler receitas manuscritas.

O problema, conhecido popularmente como “letra de médico”, podia colocar pacientes em risco devido à demora na interpretação de documentos médicos. Amarildo Cabral, defensor da 40ª Defensoria de Direitos Coletivos, iniciou a ação em 2014 justamente para impedir que prescrições ilegíveis prejudicassem os usuários do SUS.

Em novembro de 2023, o juiz responsável determinou que todas as receitas e pedidos de exames fossem digitados e impressos pelo próprio profissional. Em atendimentos de emergência, é permitido que a prescrição seja feita em letra de forma. A decisão também exigiu que a prefeitura disponibilize computadores, impressoras, papel e tinta para que a regra seja cumprida.

A Prefeitura de Campo Grande chegou a recorrer, questionando a constitucionalidade da norma estadual que obriga a emissão de receitas digitais, mas o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a decisão de primeiro grau.

*Com informações da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul