Cartórios de Mato Grosso do Sul poderão ser obrigados a informar mensalmente à Defensoria Pública todos os registros de nascimento realizados sem identificação de paternidade. A medida está prevista no Projeto de Lei 91/2025, que determina o repasse de dados como nome e endereço da mãe, telefone e, se informado, o nome e endereço do suposto pai.
O texto também prevê que, no ato do registro, a mãe seja orientada sobre o direito de indicar o pai e ingressar com ação de investigação de paternidade. A proposta foi aprovada em primeira discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) nesta terça-feira (12) e segue para segunda votação em plenário.
O projeto ainda estabelece prioridade nos casos em que a mãe seja menor de idade, especialmente aos 16 anos, com comunicação imediata à Defensoria para garantir assistência jurídica integral e gratuita.
De autoria do deputado João Henrique (PL), a iniciativa busca assegurar o direito à identidade e à paternidade, além de reforçar a proteção de crianças e adolescentes. “Muitas acabam ficando sem o cuidado e o carinho paterno, e essa ferramenta pode garantir que o Estado atue de forma mais rápida”, afirmou o parlamentar.
A deputada Mara Caseiro (PSDB) elogiou a proposta, destacando que se trata de mais uma garantia de cidadania. “Isso influencia muito na vida de cada pessoa”, disse.
Se aprovado em segunda votação, o projeto será encaminhado para sanção do Executivo.