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MS tem a terceira maior queda nas vendas do varejo no país

Estado registrou retração de 6,5% no comércio, em contraste com alta de 5,4% no ano anterior

Comércio físico teve leve crescimento, enquanto o digital apresentou queda - Foto: Reprodução/Prefeitura de CG
Comércio físico teve leve crescimento, enquanto o digital apresentou queda - Foto: Reprodução/Prefeitura de CG

Mato Grosso do Sul ocupa a terceira colocação entre os estados brasileiros com maior retração nas vendas do varejo, de acordo com levantamento da Stone. Na comparação anual, o estado teve queda de 6,5%, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul (-14%) e do Amazonas (-7%). O resultado contrasta com o desempenho anterior, quando, segundo o IBGE, o comércio varejista sul-mato-grossense cresceu 5,4%.

Além disso, o varejo ampliado, que inclui setores como veículos, material de construção e atacado de alimentos, também não escapou da retração. Na análise com ajuste sazonal, houve queda de 2,2% nas vendas, e sem o ajuste, o recuo foi de 0,9%. No acumulado de 2023, o desempenho do segmento ampliado terminou com variação negativa de 1,4%.

No cenário atual, o comércio físico teve leve crescimento de 0,5% no mês de maio, enquanto o digital apresentou queda de 3,1%. Entre os setores que conseguiram avançar, estão supermercados, produtos alimentícios e bebidas, com alta de 1,5%, seguidos por eletrodomésticos (0,7%) e artigos farmacêuticos (0,6%).

Desempenho nacional

No país, 23 unidades federativas registraram retração nas vendas, com apenas quatro apontando crescimento: Amapá (4,5%), Tocantins (3,8%), Roraima (3,7%) e Pernambuco (0,4%). Em nível regional, pelo menos 18 estados viram o varejo crescer no comparativo anual. Amapá (6,9%), Acre (6,3%) e Sergipe (5,8%) lideram entre os que apresentaram resultados positivos.

Apesar da queda de 0,1% nas vendas totais em maio e da retração de 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, especialistas observam sinais de estabilidade no setor. Para Matheus Calvelli, cientista de dados da Stone, os indicadores sugerem que a desaceleração da economia pode estar chegando ao fim. No entanto, ele alerta que a renda familiar continua comprometida e a inflação permanece elevada.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou alta de 0,26% em maio, abaixo do 0,43% de abril. A inflação acumulada em 12 meses caiu de 5,53% para 5,32%. O mercado agora volta as atenções para a reunião do Banco Central, que deve definir se a taxa Selic será reajustada, com expectativa de elevação para 15% ao ano.