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CLIMA E TEMPERATURA

Pantanal da Nhecolândia registra a menor temperatura do ano em Mato Grosso do Sul: 2,6°C

Frente fria atinge o Estado com força e intensifica risco de geadas e hipotermia no rebanho

Frente fria atinge o Estado - Foto: Divulgação/Governo de MS
Frente fria atinge o Estado - Foto: Divulgação/Governo de MS

A menor temperatura registrada em Mato Grosso do Sul neste ano foi anotada na madrugada desta quinta-feira (29), no Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá. Os termômetros marcaram 2,6°C às 6h da manhã na Fazenda Campo Zélia, onde uma nova estação meteorológica foi instalada na semana passada. O registro é do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS).

A frente fria que avança sobre boa parte do país provocou chuva e queda brusca nas temperaturas. No Sul do Estado, os termômetros também desceram abaixo dos 5°C em várias cidades: Iguatemi marcou 3,7°C, Aral Moreira 4°C, Amambai 4,1°C, Itaporã e Ponta Porã 4,3°C, e Dourados e Maracaju 4,7°C.

Nas regiões Norte e Leste, as mínimas foram mais amenas. Três Lagoas chegou a 10,1°C, enquanto Sonora registrou 11,2°C, Coxim 11,4°C e Pedro Gomes 13,3°C.

Previsão mantém frio e risco de geada

A previsão é de que o frio continue nesta sexta-feira (30), com mínimas de 4°C em Ponta Porã, Dourados e Iguatemi. A partir do fim de semana, as temperaturas devem começar a subir, mas sem ultrapassar os 10°C na região Sul.

Com a possibilidade de geadas em algumas localidades, o frio acende um alerta não apenas urbano — principalmente entre pessoas em situação de rua —, mas também no campo, onde o gado enfrenta risco real de hipotermia.

Hipotermia já matou milhares de bovinos

Dados dos últimos dois anos mostram que o frio intenso tem impactos severos na pecuária sul-mato-grossense. Em 2023, 2.725 bovinos morreram por hipotermia. No ano passado, esse número subiu para mais de 3 mil mortes, em 38 ocorrências distribuídas por 14 municípios do Estado.

A hipotermia em animais ocorre quando a temperatura corporal central cai abaixo dos 35°C, e geralmente afeta animais a céu aberto, sem abrigo adequado, alimentação suficiente ou acompanhamento veterinário.

Medidas para proteger o rebanho

Entre os cuidados recomendados aos produtores rurais estão:

  • Garantir suplementação alimentar, especialmente em períodos secos ou frios;
  • Prover abrigos ou áreas protegidas do vento e da umidade;
  • Realizar acompanhamento veterinário constante;
  • Cumprir o calendário de vacinação e manejo sanitário.

Produtores que enfrentarem mortalidade anormal no rebanho devem notificar os casos aos canais oficiais da Iagro, conforme previsto nas orientações técnicas do órgão.

*Com informações do Governo de MS