Moradores e comerciantes sofrem há alguns meses com buracos na frente da Morada do Baís. Eles faziam parte da iluminação da fachada externa, agora encontram-se abertos, roubaram as grades e a fiação, de acordo com um comerciante que não quis se identificar. “O local serve de banheiro para todo tipo de sujeira de detrito só que nós estamos falando de um museu que é referência cultural de Campo grande e está abandonado, desrespeitado pelo poder público porque não dá atenção.”
Os moradores reclamam dos usuários de droga, e dos abusos cometidos por traficantes. “O tráfico e roubo são recorrentes na região que precisa de uma atenção especial da prefeitura,” conclui o comerciante.
O problema é enfrentado como uma questão social, de polícia e até mesmo a questão do turismo, já que a Morada dos Baís no ano de 1995, foi inaugurado o Centro de Informações Turísticas e Culturais no local e o Museu Lígia Baís com obras e pertences da artista.
Em 2015, por meio de uma parceria entre o município e o Sesc/MS é realizada uma nova reforma no local. A parceria também autorizava a gerencia da Morada dos Baís pelo Sesc/MS, que desde 2016, transformou o local em um grande palco das manifestações culturais e artísticas da capital. Em junho de 2021 o Sesc encerra as atividades no local alegando dificuldades.
Segundo a Instituição, a dificuldade na realização de eventos públicos e na promoção de ações culturais no prédio são recorrentes com a Covid-19. Lotado com frequência antes do novo coronavírus, o distanciamento social e as medidas de biossegurança auxiliaram na situação. Desde então o prédio encontra-se fechado sem previsão de retomar as atividades.