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Preço do leite em MS chega na casa dos R$ 8,90

Alimento registrou queda de 42% na produção nos últimos 10 anos no estado

Produção menor reflete em queda na captação de leite pelas indústrias - Foto: Reprodução Internet
Produção menor reflete em queda na captação de leite pelas indústrias - Foto: Reprodução Internet

Dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que em Mato Grosso do Sul a produção de leite registrou queda de 42% em 10 anos. Só no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado, a queda na produção foi de 15% no Estado e de 10,29% no país. O preço do produto varia entre R$ 5,90 e R$ 8,90, conforme levantamento feito pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul (Silems).

“É um patamar de preço que não imaginávamos. Nem nós da indústria estávamos esperando. Nos preocupa, porque sabemos que o poder de compra do cidadão muitas vezes pode desestimular o consumo a esse preço”, ressaltou o presidente da Silems, Paulo Fernando Pereira Barbosa.

Segundo o gestor, os fatores que mais influenciam a queda na produção, e consequentemente o aumento nos valores, aumento dos combustíveis e da energia e até a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ainda houve no último ano aumento de mais de 100% no valor dos insumos. “Entre eles está o preço dos fertilizantes, também impactados pela guerra da Ucrânia”, destacou.

A produção menor reflete em queda na captação de leite pelas indústrias. Entre 2011 e 2021 a captação de leite por indústrias inscritas no SIF (Serviço de Inspeção Federal) retraiu 40%, saindo de 253,5 milhões de litros em 2011 para 151,8 milhões de litros em 2021.

O aumento no preço dos combustíveis é outro fator que impactou no cálculo do leite, especialmente no valor do frete. Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em dois anos de pandemia do coronavírus, os preços dos combustíveis no Brasil ficaram até 60% mais caros para os brasileiros.

A energia elétrica, por sua vez, também aumentou no período mais rigoroso da pandemia. A previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que o aumento no preço da energia elétrica resultará em uma perda de R$ 14,2 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

Confira a entrevista completa com o presidente do Silems, Paulo Fernando Pereira Barbosa: