Para a primavera de 2025, que vai de outubro a dezembro, a previsão climática em Mato Grosso do Sul indica chuvas irregulares, podendo ficar acima ou abaixo da média histórica. A tendência é de volumes ligeiramente menores na região Sudeste do estado, enquanto as temperaturas devem se manter acima da média, sugerindo um trimestre mais quente que o normal.
Os dados fazem parte do levantamento trimestral apresentado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (Imasul).
No mês de agosto, o estado registrou chuvas abaixo da média histórica, com volumes acumulados entre 15 e 90 mm. O maior registro foi em Mundo Novo, com 97 mm, 36% acima da média, enquanto Campo Grande ficou com apenas 20 mm, 56% abaixo do esperado para o período.
O déficit de chuva afetou principalmente as regiões Sul e Leste, com seca de intensidade fraca a moderada, de acordo com o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) e o Índice de Precipitação-Evapotranspiração (SPEI). Já o Pantanal e o Norte do estado apresentaram excedente de precipitação, mostrando condições mais úmidas.
Agosto também teve grande amplitude térmica: a menor temperatura foi registrada em Rio Brilhante (-0,7°C), enquanto Pedro Gomes atingiu 39°C. A umidade relativa do ar caiu a 10% em Cassilândia e Sonora, e a maior rajada de vento chegou a 100,4 km/h em Bonito.
Monitoramento dos Rios e a Estiagem
O monitoramento dos rios revelou redução das cotas, especialmente em Dourados, Fazenda Buriti e Aquidauana, que entram em nível de estiagem, enquanto outras estações seguem dentro da normalidade, mas com tendência de queda. Algumas regiões, como São José do Piquiri, Pousada Taiamã e Coxim, registraram chuvas acima da média.
O cenário evidencia a necessidade de atenção contínua às condições de seca, com impactos sobre agricultura, recursos hídricos e gestão ambiental, além de ressaltar a variabilidade climática que caracteriza Mato Grosso do Sul.