Quatro vítimas foram identificadas após o acidente aéreo desta terça-feira (23) na fazenda Barra Mansa, em Aquidauana (MS). A aeronave era um Cessna de pequeno porte. Todos os ocupantes morreram no impacto.
Conforme Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, os corpos ficaram carbonizados após a explosão. A delegada Ana Cláudia Medina, do Dracco, confirmou as identidades e informou a realização de perícia e remoção dos corpos, em ação conjunta com os bombeiros.
A área do acidente fica a cerca de 100 km do centro de Aquidauana. Assim, militares do município atuaram no acesso e apoio à operação. A fazenda Barra Mansa é conhecida por receber turistas brasileiros e estrangeiros.
As causas ainda são desconhecidas. Contudo, testemunhas e primeiros relatos técnicos apontam tentativa de arremetida. A aeronave teria perdido altitude e se chocado contra o solo, ocasionando a explosão.
Segundo amigos das vítimas, Luiz Ferraz e Kongjian Yu desenvolviam um documentário sobre cidades-esponja, abordagem que propõe soluções sustentáveis para metrópoles. Assim, a viagem ao Pantanal integrava o cronograma do projeto.
Quem estava na aeronave
Kongjian Yu – Arquiteto paisagista chinês, professor da Universidade de Pequim e fundador da Turenscape. Seu trabalho popularizou o conceito de “cidades-esponja”. Ele estava no Brasil para pesquisa e documentação visual no Pantanal.
Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz – Cineasta e documentarista brasileiro, com obras ligadas a cidades-esponja e participação em festivais internacionais. Ele trabalhava em projeto audiovisual com Yu.
Rubens Crispim Jr. – Documentarista, diretor de fotografia e produtor independente. Formado em Artes Plásticas pela ECA-USP (2002), atuou com Discovery Channel, National Geographic, Arte 1, TV Globo, TV Cultura e Cultura em Casa. Fundador da produtora Poseídos, com quase 20 anos de atuação. Em 2006, venceu o reality “Projeto 48” (TNT) com o curta “Os 400 Golpes”.
O piloto e proprietário da aeronave, Marcelo Pereira de Barros foi o primeiro a ser identificado pela imprensa local logo após a queda.
Contexto e desafios da investigação
O Pantanal impõe condições ambientais extremas entre seca e cheia. Desse modo, o acesso difícil exigiu esforço adicional das equipes. As viaturas chegaram durante a madrugada, e a perícia prossegue no local.
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