O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu prorrogar, por mais um ano, o afastamento do conselheiro Ronaldo Chadid, do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS). A determinação, assinada pelo ministro Francisco Falcão nessa quarta-feira (13), começa a valer a partir da publicação no Diário da Justiça.
Chadid é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Mineração de Ouro. Ele foi afastado do cargo em 2022 e responde ao processo em liberdade, utilizando tornozeleira eletrônica.
Investigação
Durante a operação, deflagrada pela Polícia Federal em 2021, foram apreendidos R$ 890 mil na casa de Chadid e outros R$ 730 mil na residência de uma assessora. Segundo a investigação, a origem do dinheiro não foi comprovada. A suspeita é de que os valores sejam parte de uma propina paga por uma empresa de coleta de lixo em troca de favorecimento em decisão do TCE.
Conselheiros afastados
Além de Chadid, os conselheiros Iran Coelho das Neves e Waldir Neves também foram afastados no mesmo inquérito.
Em maio deste ano, Waldir Neves foi beneficiado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou seu afastamento, a proibição de acesso ao prédio do Tribunal de Contas e o uso de tornozeleira eletrônica.
Permaneceram, porém, as restrições de contato com outros investigados e as limitações para viagens, incluindo a apreensão do passaporte.