O próximo domingo (24), marca o dia Mundial da Meningite, doença que provoca inflamação no cérebro e na medula espinhal, e pode ser erradicada através da vacinação, que protege contra o tipo mais grave da meningite. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos 13 anos foram registrados mais de 24 mil casos da doença no Brasil.
Causada tanto por vírus como bactérias, que é a forma mais grave da doença, podendo causar sequelas ou morte, a meningite se resume ao ataque de vírus as membranas que envolvem e protegem o sistema nervoso. Transmitida por meio de tosse, espirros, e contato próximo entre as pessoas, os principais sintomas são cansaço, febre alta, dor de cabeça grave e persistente, rigidez do pescoço, náuseas ou vômitos.
Dois tipos de sintomas podem indicar infecções bacterianas: dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Para as crianças menores de um ano de idade, a orientação é observar a presença de inchaço da moleira e choro persistente.
As meningites virais costumam ser mais leves e atingem mais as crianças, mas têm grande potencial de causar surtos, por isso a vacinação é importante não só para proteger a si mesmo, mas para frear a contaminação em massa.
Para falar sobre o assunto recebemos a enfermeira do serviço de vacinas do Sabin Medicina Diagnóstica, Rosângela Laier, no quadro CBN Saúde desta quinta-feira (21). Rosângela alertou sobre a importância da vacinação para evitar a manifestação grave da doença, que é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) conforme o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI), para o tipo C, responsável pela maioria dos casos (80%), conforme a enfermeira.
Especialista em imunização, a Sabin oferece todos os tipos de vacina existentes contra a doença. “É uma doença que tem uma letalidade muito alta, e as vacinas disponíveis são para os tipos C, A, W e Y, e também meningococo do tipo B”, disse. Confira a entrevista completa:
Conforme dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2007 a 2020 (dados preliminares), foram confirmados 26.436 casos de Doença Meningocócica no Brasil. Depois do início da vacinação, passou de 1,5 caso a cada 100 mil habitantes (2007-2010), para 0,4 caso da doença a cada 100 mil habitantes, nos últimos quatro anos (2017-2020). Uma diminuição de 74% dos casos no período comparado.