
O reaproveitamento de imóveis públicos ganhou destaque em Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (24), com a entrega de 20 novas áreas da União destinadas a políticas de educação, inclusão e desenvolvimento regional.
As doações, realizadas durante evento no Teatro Glauce Rocha, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), somam R$ 100 milhões em patrimônio público.
A cerimônia contou com as ministras Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do governador Eduardo Riedel (PP).
Mais do que o volume de bens transferidos, o encontro reforçou uma nova forma de gestão pública: transformar imóveis antes ociosos em espaços voltados à sociedade.
Educação e inclusão ganham prioridade
Entre os imóveis cedidos estão áreas para a construção de duas creches indígenas em Japorã, com capacidade para atender mais de 300 crianças, e terrenos voltados à expansão da UFMS e do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Em Campo Grande, as novas instalações da universidade receberão um hub de inovação e acolhimento, que deve integrar estudantes e pesquisadores.
O pacote inclui ainda a cessão gratuita de um terreno em Porto Murtinho, às margens do Rio Paraguai, para a construção do Centro de Atendimento ao Turista — estrutura que deve fortalecer o turismo e consolidar o papel do município como porta de entrada do Corredor Bioceânico.
“Nenhum imóvel deve ficar ocioso”, diz ministra
A ministra Esther Dweck destacou que o objetivo é garantir que todo patrimônio da União cumpra função social. “A população está precisando desses territórios. O propósito é transformar imóveis ociosos em espaços de utilidade pública, ambiental e econômica”, afirmou.
Ela também destacou a adesão do estado ao Programa Nacional de Gestão e Inovação (PNGI), que oferece ferramentas para modernizar a administração pública e implantar a Política de Cotas para Mulheres em Situação de Violência Doméstica nas contratações federais.
“É uma política que dá oportunidade econômica e independência a essas mulheres, com cotas em contratos terceirizados e uma rede de proteção articulada com os estados”, explicou.
Parceria e uso eficiente do patrimônio
O governador Eduardo Riedel afirmou que a iniciativa reforça o alinhamento entre os governos estadual e federal e defendeu o uso racional de bens públicos. “Não tem sentido a União ou o Estado colecionarem imóveis de baixo aproveitamento. O que vale é o que se faz com eles”, declarou.
“Quando colocamos a sociedade à frente das disputas políticas, os resultados aparecem”, completou.
Desenvolvimento e impacto econômico
A ministra Simone Tebet ressaltou o impacto social e econômico da ação e a importância de políticas públicas voltadas também à classe média. “Anos de imóveis públicos paralisados, enquanto pessoas precisam de casa, terra, creche e escola. Estamos mudando essa realidade”, afirmou.
Gestão pública com foco social
Para a ministra Esther Dweck, as destinações simbolizam uma nova postura de gestão pública. “O que queremos é um Estado inovador, inclusivo e participativo, que use cada metro quadrado da União em favor da população”, resumiu.