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Campo Grande, 18 de maio

Mais Médicos chega a 81% dos municípios de MS

Balanço do Ministério da Saúde indica que o número de profissionais atuando em 2023 aumentou no Brasil e em Mato Grosso do Sul o programa também segue expandindo

Por Gerson Wassouf
18/01/2024 • 08h00
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Em Mato Grosso do Sul o número de profissionais do Mais Médicos, estratégia do Governo Federal, está crescendo a partir da expansão realizada em 2023. Atualmente o programa conta com 261 médicos no estado e 81% dos municípios estão sendo atendidos. 

A Referência Regionalizada do Mais Médicos no estado, Dra Clarice Souza Pinto, fala um pouco mais sobre a expansão dos atendimentos.

"Eles atuam basicamente na estratégia de saúde da família, mas houve uma expansão também para a saúde prisional e para consultório na rua e para populações indígenas. Ou seja, ele é um programa abrangente e que respeita as necessidades dos estados. Ele enxerga onde precisa médico e ele manda para lá", afirma.

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Municípios de fronteira e de grande crescimento populacional são prioritárias da ação do programa em Mato Grosso do Sul.

"Nós temos áreas que sempre foram e são prioritárias, que é a fronteira. Corumbá e Ponta Porã são áreas estratégicas e áreas muito importantes onde essas equipes têm uma atuação muito séria, muito relevante, digamos assim. Além disso, nós temos áreas que estão hoje em expansão populacional. Ribas do Rio Pardo e Água Clara, um exemplo disso. Ribas, principalmente, é uma cidade que cresce muito e há passos largos e quanto mais gente chega lá, mais a saúde pública se faz na presente e ela é necessária. E daqui para frente, Porto Mortinho também terá atenção especial devido à Rota Bioceânica, lá nós vamos ter um acréscimo populacional, óbvio, devido a toda essa movimentação", explica Clarice.

O médico peruano Oscar Ernesto atua em uma dessas áreas prioritárias com atendimento primário ao Polo Indígena de Sidrolândia, no interior do estado, e conta que a expansão dos profissionais é necessária.

"Normalmente, deveria existir uma equipe completa, que significa um enfermeiro, um auxiliar, médico e, inclusive, dentista para a atenção básica. Eu acho que é um programa que é muito beneficioso, mas a gente precisa, digamos, de um apoio com mais carinho da parte gestora para poder atingir o objetivo de que foi criado mais médicos: oportunidade para que a população brasileira tenha acesso a atendimento médico de boa qualidade", conta Ernesto.

Por mais que o Dr Oscar Ernesto seja de fora do país, a referência regional no estado, Dra Clarice Souza fala sobre o perfil e formação dos médicos no estado e afirma que a maioria são brasileiros.

"No Mato Grosso do Sul, hoje, 60% deles têm CRM (sigla para Conselho Regional de Medicina e registro do profissional), eles estão atuando dessa forma. 40% deles são médicos que se formaram fora do país e que atuam hoje com RMS (Registro no Ministério da Saúde). Então, eu tenho 60% da força lá de trabalho médica com CRM e 40% com RMS. Dos que se formaram fora do país e que atuam hoje aqui, apenas 10% não são brasileiros, e quando eu jogo isso dentro desse universo de 261 médicos, eu tenho que apenas 4.2% deles não é brasileiro, os outros todos são, mesmo que formados fora do país", conclui.

No Brasil

Balanço do Ministério da Saúde indica que o programa Mais Médicos registrou aumento de 105% no número de profissionais atuando em 2023 no país. Com 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional, 86 milhões de pessoas, segundo a pasta, foram beneficiadas pelo programa. As informações mostraram também que, ao longo desse período, 744 novos municípios passaram a ser atendidos. 

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