Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de problemas como acidente vascular cerebral, aneurisma arterial, infarto, insuficiência renal e cardíaca, podendo ainda levar à cegueira.
A doença, segundo o cardiologista da Unimed Campo Grande, Gabriel Doreto Rodrigues, atinge uma a cada quatro pessoas, sendo que entre os jovens, acomete, principalmente, os homens.
"Na fase da menopausa e após os 60 anos de idade, a prevalência é maior em mulheres e, na terceira idade, o cuidado deve ser redobrado tanto pelos homens como pelas mulheres", explica.
O atendente Alexanderson de Lucena Melo, de 26 anos, foi diagnosticado com a doença a um ano e seis meses. Para ele, a hipertensão não o impede de fazer nada, mas faz com que tome alguns cuidados extras, evitando assim problemas por causa da doença.
"Por consciência, quando eu vou praticar algum esporte e fico ofegante, eu paro e vou descansar, para não extrapolar", afirmou.
A boa notícia é que adotando hábitos de vida mais saudáveis é possível controlar a doença ou até mesmo adiar o seu surgimento, conforme as orientações do especialista.
Manter uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras, preferir alimentos integrais ricos em fibras, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo de tabaco e de bebidas alcóolicas, reduzir o consumo de sal e controlar o nível de estresse estão entre as práticas recomendadas.
Embora não tenha cura para quem já foi diagnosticado com hipertensão, as boas escolhas também podem contribuir com uma vida mais longa e saudável.
"Além de adotar hábitos de vida mais saudáveis, os mesmos que ajudam a controlar a hipertensão, quem já foi diagnosticado com a doença precisa seguir corretamente a prescrição médica, indo às consultas regularmente para ver se a pressão está bem controlada", conta Alexanderson.
O médico ainda completa. "Nos casos em que não é possível o controle com a mudança dos hábitos, é feito tratamento medicamentoso adequado, evitando assim as consequências da doença", finaliza.