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Campo Grande, 26 de abril

PSDB quer André fora das urnas e MDB bate o pé: "não existe a possibilidade"

Retirada de pré-candidatura de Puccinelli e outros dois nomes em outros estudos é condição para apoiar Simone Tebet

Por Nyelder Rodrigues
26/05/2022 • 10h00
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Mesmo assinando carta conjunto com o Cidadania e com o MDB, o PSDB ainda não crava seu apoio à senadora sul-mato-grossense Simone Tebet como representante da dita terceira via, que quer se colocar na corrida presidencial como opção à polarização entre o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-dono da mesma cadeira, Lula (PT).

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o presidente nacional dos tucanos, Bruno Araújo, condicionou o apoio à Simone a três situações: uma era o MDB confirmar o nome da senadora como a escolhida pela sigla. A segunda é incluir o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, hoje no PSDB, na elaboração do programa de governo.

A terceira e mais polêmica condição é a retirada de três candidaturas estaduais emedebistas que concorrem com tucanos na disputa pelos governos locais de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul - terra natal de Simone Tebet e onde ela não encontra apoio.

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"Não existe a possibilidade de André e o MDB/MS apoiarem aqui outro candidato. Lideramos todas as pesquisas. Respeitamos os outros candidatos e compreendemos o seu direito de se apresentarem para a eleição, mas não abrimos mão do nosso", destacou em nota oficial um dos caciques da sigla no Estado, o ex-ministro Carlos Marun.

O emedebista frisa ainda que já levou a posição para a direção nacional do partido e recebeu como resposta a garantia de candidatura. "André será candidato e vencerá a eleição", destacou, completando saber que "isto não será empecilho para apresentarmos a nível nacional uma candidatura única a Presidência da República".

PRÉ-CANDIDATURAS

Simone enfrentou resistências dentro do MDB, sendo considerada inapta pelo cacique alagoano Renan Calheiros por não apresentar mais que 2% das intenções de voto. Contudo, ela é o nome com a menor rejeição e com o maior potencial de conquistar o "voto feminino", sendo assim a escolhida para representar o MDB na disputa.

Porém, em casa, Mato Grosso do Sul, seu nome ainda decolou. Tebet ainda não conseguiu angariar o apoio necessário da campanha de André Puccinelli, que chegou a tentar se encontrar com Bolsonaro e agora flerta com Lula. Já o PSDB, que nacionalmente exige o recuo emedebista, regionalmente já escolheu caminhar com o bolsonarismo nas urnas.

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