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Campo Grande, 03 de junho

Receita e Polícia Federal deflagram 2ª fase da Operação Harpócrates

São investigam esquemas de contrabando e descaminho de mercadorias, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Por Isabelly Melo
26/05/2021 • 08h09
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A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quarta-feira (26), em Campo Grande e Chapadão do Sul, a segunda fase da Operação Harpócrates, que tem como objetivo combater os crimes de contrabando e descaminho, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Participam das ações 62 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal.

Mandados começaram a ser cumpridos nesta manhã (26).  Foto: Divulgação/Receita Federal

Desde as primeiras horas da manhã desta quarta, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão, sendo 13 em Campo Grande e um em Chapadão do Sul, além do sequestro de 2dois imóveis, três veículos e valores eventualmente existentes em contas bancárias de quatro investigados.

Durante as investigações da primeira fase, deflagrada em 21 de dezembro de 2017, identificou-se a continuidade na comercialização de quantidade expressiva de produtos eletrônicos estrangeiros, sem o devido registro de importação. Apesar de inúmeras notas fiscais eletrônicas terem sido identificadas, descobriu-se que as emissoras dos documentos fiscais eram empresas fictícias com sócios “laranjas”, utilizadas para dar aparência de legalidade às aquisições de mercadorias estrangeiras. Os pagamentos aos fornecedores, localizados no Paraguai, eram realizados através de doleiros.

O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o deus do silêncio e do segredo, contrastando com a ostentação apresentada por alguns investigados. Entenda como o esquema funcionava:

O esquema criminoso investigado possui, resumidamente, a seguinte dinâmica: lojistas de Campo Grande se utilizam de doleiros para enviar dinheiro para fornecedores de mercadoria situados no Paraguai; em seguida, promoviam a entrada de produtos eletrônicos no Brasil sem realizar o pagamento do imposto devido; eram utilizadas empresas de fachada para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias; e, por fim, os equipamentos são revendidos no mercado nacional.

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