RÁDIOS
Campo Grande, 19 de maio

Todos no mesmo ninho

Os principais pré-candidatos a senador de partidos diferentes querem se unir ao PSDB depois das eleições municipais

Por Adilson Trindade, colunista CBN-CG
24/01/2024 • 12h00
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Nas eleições municipais, aliados do governo estadual vão estar em trincheiras opostas nas principais regiões de Mato Grosso do Sul. Mas não querem ficar longe do palanque do governador Eduardo Riedel (PSDB). Isso significa o desejo desses partidos abdicarem de candidaturas próprias ao governo para apoiarem a reeleição de Riedel, em 2026. Os mais interessados em bater à porta do ninho tucano para propor alianças com PSDB são os pré-candidatos a senador, que vão da esquerda à direita. 

Numa aliança só cabem dois candidatos a senador. E uma vaga será assegurada ao ex-governador Reinaldo Azambuja, chefão do PSDB. Então, não há espaço para todos os pretendentes. Até o PT, com Lula na Presidência da República, está disposto a abrir mão de lançar candidato a governador para apoiar a reeleição de Riedel. Será um partido de esquerda dividindo o palanque com bolsonaristas aliados de Riedel.

O deputado federal Vander Loubet será o nome do PT para disputar o Senado, em 2026. Ele já até conversou sobre essa aliança com Riedel e Azambuja. Por enquanto, tudo permanece apenas na conversa, nada de definição.  

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O PT não vai querer apoiar de graça a reeleição de Riedel. A contrapartida será a segunda vaga de senador.
Vander, no entanto, não está sozinho nessa articulação de ser o candidato a senador numa aliança com PSDB. É que o senador Nelsinho Trad (PSD) emitiu sinais ao PSDB do seu interesse de compor a chapa do Senado com Azambuja. Ele já foi eleito senador na aliança com os tucanos.

Nelsinho não vê sentido aliança do PT com o PSDB, que deve ter palanque infestado de bolsonaristas. O PP da senadora Tereza Cristina já manifestou o seu desinteresse de concorrer ao governo estadual. Ela prefere apoiar a reeleição de Riedel, ligado ao agronegócio. Mas não indicou, no momento, o interesse do seu partido lançar candidato a senador. 

Já a posição do PL é uma incógnita. O partido não tem hoje um nome competitivo para governador. E nas eleições de 2022, o partido se dividiu no segundo turno. Um grupo subiu no palanque do Capitão Contar, época filiado ao PRTB, e outra parte do partido ficou com Riedel. 

Nesta disputa por espaço na aliança com o PSDB entrou a senadora Soraya Thronicke (Podemos). Ela já entrou no ônibus e sentou na poltrona da janela. Soraya, uma ex-bolsonarista, estava sem rumo quando deixou o União Brasil depois de disputar a Presidência da República. Ela arrumou confusão no partido e brigou com as lideranças regionais do partido e com a cúpula nacional. Mas encontrou as portas abertas do Podemos. Ela entrou e já assumiu o comando no estado, apeando do cargo o empresário Sérgio Murilo. Uma das primeiras ações de Soraya foi se aproximar de Riedel de olho na segunda vaga de senador. Ela precisa de empurrão do eleitorado do Riedel, porque terá muita dificuldade de obter a mesma votação dos eleitores bolsonaristas. 

Já o futuro do União Brasil passará pelas eleições em Campo Grande. A principal líder do partido, Rose Modesto, tem interesse de concorrer à prefeitura. A sua candidatura será definida pela direção nacional depois do carnaval e de analisar as pesquisas. Ela é um nome desejado pelos pré-candidatos para ser vice. Uma ideia descartada por Rose. Já para 2026, o partido ainda não tem nomes para o Senado ou mesmo ao governo. Tudo vai depender da disposição do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e do ex-vice-governador Murilo Zauith.

Confira na íntegra:

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