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DECISÃO JUDICIAL

Adolescentes que planejaram massacre em escola serão internados

Material foi apreendido nas mochilas dos autores / Foto: GMD/Reprodução
Material foi apreendido nas mochilas dos autores / Foto: GMD/Reprodução

A Justiça de Dourados determinou a internação provisória de três adolescentes, com idades entre 12 e 14 anos, responsáveis por um plano de massacre na Escola Municipal Indígena Francisco Meireles, na Reserva Indígena de Dourados. A decisão ocorre após apuração policial que apontou risco significativo à segurança da comunidade escolar.

Conforme as informações policiais, as investigações apontaram que o ataque vinha sendo articulado há dias, com os adolescentes reunindo facões, capuzes, balaclavas, roupas camufladas e demais objetos com potencial para causar violência. Segundo depoimentos e laudos, o líder do grupo confessou que pretendia iniciar ação contra uma professora de Geografia e, em seguida, alvejar demais alunos.

A ocorrência foi registrada na manhã do dia 30/09 na Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude (Deaiji), por equipe da Roda Escolar da Guarda Municipal, que foram acionados pelo monitor escolar. Ainda conforme relato dos jovens, a ideia surgiu a partir da organização de um “massacre na escola” e que buscavam inspiração em casos semelhantes vistos na internet.

Alguns professores e funcionários da escola desconfiaram do comportamento dos jovens e ao vistoriar as mochilas, encontram o armamento. Eles foram detidos e levado à sala da direção até a chegada da GMD.

A Justiça ressaltou que os menores oferecem risco concreto e ameaçam ordem pública, conforme previsto em lei especial para adolescentes. A decisão tem caráter cautelar, até que seja realizada audiência de instrução para avaliar se a medida será confirmada ou convertida em outra.

A audiência deverá contar com depoimentos dos envolvidos, familiares e testemunhas. Também será analisada eventual aplicação de medidas socioeducativas alternativas, caso a internação não seja mantida.

Participaram da investigação policiais da Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude (Deaiji), equipe da Guarda Municipal e autoridades da comunidade escolar. O caso gerou comoção e mobilizou debates sobre prevenção, vigilância e atuação no ambiente educacional.