Os mercados financeiros têm um dia nervoso nesta abertura da semana: enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) cai 1,34%, recuando para os 56.443 pontos, a taxa de câmbio doméstica já atinge R$ 1,782, em forte alta de 2,82%.
O giro financeiro da Bovespa está acima da média para o horário: R$ 2,2 bilhões.
Os dois principais papéis da Bolsa brasileira se desvalorizam entre 0,82% (a ação preferencial da Petrobras) e 0,27% (a ação preferencial da Vale).
A praça doméstica segue o tom dos demais mercados: no velho continente, a Bolsa de Londres cede 2,51% enquanto a Bolsa de Frankfurt retrocede 3,34%.
Nos EUA, onde as Bolsas abriram há pouco, o influente índice de ações Dow Jones tem queda de 1,92%.
A crise europeia ainda é a grande preocupação de investidores e analistas, tendo a Grécia por foco. Às voltas com uma severa crise financeira, o país mediterrâneo é visto como um dos mais sérios candidatos a anunciar um "default" (suspensão de pagamentos) no curto prazo, o que poderia provocar vários problemas para o sistema financeiro europeu.
Hoje, o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, declarou que seu país deve ser obrigado a tomar "decisões de caráter histórico", e ressaltou os desafios para cumprir as metas orçamentárias e fiscais para este ano e 2012.
Os esforços das principais lideranças políticas da Europa em garantir apoio à nação grega, mantendo o país na zona do euro, não tranquilizam totalmente os mercados.
Muitos economistas veem com temor a deterioração dos indicadores econômicos e das contas públicas da nação que poderia se tornar a protagonista de um novo momento "Lehman Brothers" (banco americano cuja quebra detonou a pior fase da crise de 2008), na ótica dos mais pessimistas.